O ex-presidente da Ager, Eduardo Moura (PSD), esteve na manhã desta quarta-feira (25) na sede da Delegacia Fazendária para cumprir mandado referente as investigações que apuram esquema de cobrança de propina para renovação dos contratos para o transporte intermunicipal de passageiros. Moura foi alvo de busca e apreensão do telefone.
Segundo a delegada Maria Alice Amorim, o ex-presidente da Ager entregou seu aparelho celular, que passará por perícia. “Ele tinha um mandado de busca e apreensão de seu celular. Ele veio aqui, apresentou o celular, cumprindo o mandado de busca e apreensão que era necessário. A oitiva dele ocorrerá após análise dos documentos”, disse a delegada.
A fala da delegada ocorreu pouco depois de Moura deixar a sede da Defaz. Ele havia dito que a delegada não estava no local para ouvi-lo. "Vim para dar o depoimento e a delegada não estava aí. Fiquei aguardando e me disseram que ia marcar outro dia", afirmou, sem citar a apreensão do aparelho telefônico.
A delegada colocou que não houve coleta de depoimentos dos alvos de busca e apreensão. Apenas os presos estão prestando explicações aos delegados da Delegacia Fazendária. “As pessoas que foram alvos de busca terão as oitivas marcadas após análise dos documentos apreendidos”, explicou.
Maria Alice Amorim relatou que não pode passar muitas informações porque as investigações ocorrem em segredo de Justiça e não detalhou se as prisões são preventivas ou temporárias, que dura cinco dias. “Não tem muito o que declarar. Estamos trabalhando sobre sigilo”, assinalou.
PRISÕES
Até o momento, foram confirmadas as prisões do empresário Eder Augusto Pinheiro, dono da Verde Transportes, do diretor da empresa, Max William de Barros Lima, e ainda do presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário, Julio Cesar Sales Lima. Um quarto mandado de prisão está sendo cumprido, mas o alvo ainda não foi confirmado.
As investigações da Delegacia Fazendária foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça do Estado, o que indica o envolvimento de ao menos uma autoridade com foro por prerrogativa de função no esquema. A decisão é do desembargador Guiomar Teodoro Borges.
Uma das bases da investigação é a delação do ex-governador Silval Barbosa junto a Procuradoria Geral da República. O ex-chefe do executivo relatou que procurador aposentado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, teria elaborado um decreto para prorrogar a concessão do serviço de transporte intermunicipal de passageiros no Estado após o representante das empresas interessadas nas linhas prometer o pagamento de R$ 6 milhões em propina no ano de 2014.
Silval assegurou que um adiantamento de R$ 400 mil foi repassado por Eder Augusto Pinheiro. "Acerca da negociação, Chico Lima informou ao declarante que Eder Pinheiro prometeu pagar, em nome do segmento das empresas de transportes rodoviários de passageiros, o valor de R$ 6 milhões de forma parcelada; Eder Pinheiro adiantou R$ 400 mil reais a Chico Lima não sabendo o declarante se Chico Lima recebeu o valor combinado de 'retorno'”, diz trecho da delação.
PALHARES
Quarta-Feira, 25 de Abril de 2018, 21h56ex-eleitor de pedro taques
Quarta-Feira, 25 de Abril de 2018, 20h38Jaja
Quarta-Feira, 25 de Abril de 2018, 19h06flavio dos anjos
Quarta-Feira, 25 de Abril de 2018, 18h10Raimundo
Quarta-Feira, 25 de Abril de 2018, 14h57Benhur
Quarta-Feira, 25 de Abril de 2018, 12h49Benhur
Quarta-Feira, 25 de Abril de 2018, 12h48Fernando Fernandes
Quarta-Feira, 25 de Abril de 2018, 12h31