Política Segunda-Feira, 22 de Abril de 2019, 08h:15 | Atualizado:

Segunda-Feira, 22 de Abril de 2019, 08h:15 | Atualizado:

OPERAÇÃO RÊMORA

Ex-secretário suspeita que Taques tenha vazado delação e cobra até prisão em MT

Ministro Marco Aurélio autorizou compartilhamento de depoimentos de Permínio em 25 de março, mas manteve sigilo

WELINGTON SABINO
Da Redação

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O ex-secretário de Estado de Educação (Seduc-MT), Permínio Pinto, expressou ter causado “espécie” o suposto vazamento de sua colaboração premiada após o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, ter autorizado seu compartilhamento com o ex-governador Pedro Taques (PSDB). Ambos são apontados como dois dos principais articuladores de um esquema de pagamento de propina na Seduc-MT em troca do fornecimento de informações privilegiadas a empresários em licitações da pasta.

Na nota, o ex-secretário da Seduc disse também que irá “levar ao conhecimento” do Ministro Marco Aurélio o suposto vazamento, assim como da Procuradoria-Geral da República (PGR). Permínio Pinto revelou que sua colaboração premiada foi compartilhada com a defesa de Pedro Taques, após autorização do STF do dia 25 de março de 2019, sob a condição da manutenção do sigilo dos autos, uma vez que a delação ainda se encontra em segredo de Justiça.

Permínio Pinto distribuiu a nota após supostos trechos de seus depoimentos de colaboração premiada serem utilizados em reportagens divulgadas desde a última quarta-feira (17). “Causa espécie que tão logo o acesso ao teor do acordo de colaboração premiada tenha sido concedido, com o destaque para a indispensável manutenção do seu sigilo, supostas informações dali retiradas tenham sido veiculadas pela imprensa local concomitante a uma espécie de defesa do Sr. Pedro Taques”, diz trecho da nota.

A defesa do ex-secretário aponta ainda que o vazamento das informações da delação está sujeito a sanções. “O fato será prontamente levado ao conhecimento da Procuradoria Geral da República, assim como do próprio Min. Marco Aurélio, do STF, uma vez que, em tese, a conduta levada a efeito em detrimento do sigilo dos autos pode vir a caracterizar o crime descrito no artigo 153 §1º-A, do Código Penal, cuja pena cominada é de 01 a 04 anos”.

O art. 153, citado por Pemínio na nota, refere-se aos crimes de “inviolabilidade dos segredos”, previstos no código penal. Ao final do texto, o ex-secretário sugere ainda que o ex-governador Pedro Taques pode ser enquadrado por “obstrução à Justiça”, uma vez que o suposto vazamento pode “turbar a colheita isenta da prova e prejudicar a conveniência da instrução criminal”.

“Outrossim, a violação ao sigilo expressamente determinado por autoridade da mais Alta Corte deste País, em prejuízo do interesse da persecução criminal, pode, também, turbar a colheita isenta da prova e prejudicar a conveniência da instrução criminal”, finaliza a nota de Permínio.

Reportagens divulgadas na imprensa contêm trechos da delação de Permínio Pinto onde são relatados encontros entre o ex-secretário e o ex-governador em período anterior a maio de 2016, quando Pinto saiu do Governo após a deflagração da operação “Rêmora”, que apura o suposto esquema. Nessas reuniões, conforme a matéria, não havia a cobrança direta sobre o pagamento de propina, e sim para que os processos licitatórios que abasteciam a fraude fossem "agilizados". 

Outras reportagens também citam o ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Guilherme Maluf, como conhecedor das fraudes.

VEJA ÍNTEGRA DA NOTA DE PERMÍNIO

Sobre a matéria veiculada orginalmente no sítio eletrônico “O Livre” contendo informações sobre o suposto teor da colaboração premiada firmada entre a Procuradoria Geral da República e Perminio Pinto Filho, a defesa constituída esclarece o seguinte:

1. No dia 25 de março de 2019, o Min. Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, atendeu ao pedido formulado pelo Sr. Pedro Taques, concedendo-lhe acesso ao inteiro teor dos autos da colaboração premiada ainda em trâmite perante aquela Corte. 

2. Na oportunidade, o Min. Marco Aurélio, do ESTF, reiterou a necessidade de manutenção do sigilo sobre o inteiro teor das informações ali constantes, devendo o seu conteúdo ser restringido apenas às partes, eis que do interesse da persecução criminal.

3. Causa espécie que tão logo o acesso ao teor do acordo de colaboração premiada tenha sido concedido, com o destaque para a indispensável manutenção do seu sigilo, supostas informações dali retiradas tenham sido veiculadas pela imprensa local concomitante a uma espécie de defesa do Sr. Pedro Taques.

4. O fato será prontamente levado ao conhecimento da Procuradoria Geral da República, assim como do próprio Min. Marco Aurélio, do ESTF, uma vez que, em tese, a conduta levada a efeito em detrimento do sigilo dos autos pode vir a caracterizar o crime descrito no artigo 153, §1º-A, do Código Penal, cuja pena cominada é de 01 (um) a 04 (quatro) anos.

5. Outrossim, a violação ao sigilo expressamente determinado por autoridade da mais Alta Corte deste País, em prejuízo do interesse da persecução criminal, pode, também, turbar a colheita isenta da prova e prejudicar a conveniência da instrução criminal.

6. No mais, Perminio Pinto Filho segue a disposição das autoridades para, sempre que chamado, esclarecer e individualizar as responsabilidades sobre fatos que sejam de seu conhecimento.

Era o que tinha a manifestar.

Cuiabá, 17 de abril de 2019.

ARTUR BARROS FREITAS OSTI

 





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Comentários (7)

  • Jos?

    Segunda-Feira, 22 de Abril de 2019, 13h49
  • QUANDO É QUE SERÁ INVESTIGADO O DESGOVERNO PEDRO TAQUES ? O DESGOVERNO PEDRO TAQUES QUEBROU O ESTADO POR CAUSA DOS MAIS DE R$25 BILHÕES DE IRREGULARIDADES EM 2015 A 2018. Até agora não foi apurada a responsabilidade de todos os membros do desgoverno taques quanto aos desvios e fraudes do desgoverno da transformação do estado em caos e roubalheira, cujas irregularidade somadas já ULTRAPASSARAM OS $25 BILHÕES. Só para lembrar aí vai a lista detalhada dos mais de $25 bilhões em irregularidades pendentes de serem apuradas: R$69 milhões em desvios na caravana da transformação; perdão de R$645 milhões em dívida da petrobrás; perdão de R$5 milhões de reais em dívidas da unimed cuiabá; a operação Rêmora por desvio de R$57 milhões na SEDUC; operação Bereré por desvio de R$30 milhões no Detran; operação Grampolândia na segurança pública usada para chantagear adversário; delação de Alan Malouf sobre Brustolin recebendo R$80 mil por fora todo mês; delação de Alan Malouf e Perminio indicando que secretários (Permínio, Brustolin, Julio Modesto e etc) recebendo mensalinho de R$30 mil/mês; mensalinho R$100 milhões por dentro para os deputados; rombo de R$4 bilhões no caixa e desvio de $500 milhões do Fundeb; desvio de R$1,2 milhões no fundo de trabalho escravo; desvio e apropriação de R$300 milhões dos municípios; desvio e apropriação de R$300 milhões dos poderes; aumento de $2 bilhões nos Incentivos Fiscais; aumento de milhares de cargos políticos comissionados, aumentou da folha de pagamento pela contratação de mais de 10.000 pessoas; uso da justiça para proteger seus amigos e secretários conforme disse o cabo Gerson; delação de Alan Malouf tratando de 12 tipos de corrupção entre elas os $10 milhões de caixa 2 administrados por Alan Malouf e Julio Modesto; licitação irregular de 11 bilhões para transporte interestaduais; desvio de R$58 milhões em pontes na SINFRA; $300 milhões em vantagem cobrada de quem recebeu antecipado no decreto do bom pagador; crédito de R$100 milhões para o primo Paulo Taques; maracutaia com a juizá candidata para ferrar o Silval e a família dele; irregularidades de R$3 bilhões no Edital nº 02/2018 da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) sobre rodovias MT 246, MT 343, MT 358 e MT 480. Além disso, apropriação indébita de R$70 milhões descontado dos salários dos servidores públicos para pagar empréstimos consignados, estouro da folha pagando vantagens para apaniguados políticos que receberam salários acima de R$100 mil, contratação irregular de 2000 cabos eleitorais na SEDUC para fazer campanha para o ex-secretário Mahafon, peculato ao gastar R$10 milhões em telefone por secretaria do estado durante a campanha eleitoral para o governo 2018; R$180 milhões em indenizações irregulares pagas em 2018 as empresas supostamente prestadoras de serviços na Secretaria de Estado de Saúde Secretaria. Pedro Taques e Gallo cometeram crime de responsabilidade de R$3,7 bilhões ao deixar restos a pagar para o próximo governo sem a devida provisão de fundos exigida na Lei de Responsabilidade Fiscal.
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  • Ana

    Segunda-Feira, 22 de Abril de 2019, 12h10
  • Inocente ou idiota esse Perminio? Quem nao sabe do carater desse Pedro Tx. Bandido com medo de bandido. Cadeia é mto pouco pra essa raça
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  • A VERDADE

    Segunda-Feira, 22 de Abril de 2019, 11h27
  • Vamos lembrar que essa delação vazou em agosto do ano passado, durante as eleições e o maior prejudicado foi o candidato Taques, esse advogado vazou a delação e agora está querendo tirar o dele da reta. Então o ex-governador queria perder a eleição e por isso vazou a delação, fala sério doutor!! Os sites deveriam era admitir que publicaram uma falsa informação ao que tudo indica fornecida pelo advogado do Perminio.
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  • Rui

    Segunda-Feira, 22 de Abril de 2019, 10h35
  • Cuiabano, uma das prerrogativas da delação é o fornecimento de provas. Pedrinho malvadeza vai conhecer de perto as instalações do CRC. Ainda bem que Permínio acordou e entregou o mentor intelectual do esquema. Falta ainda o primo. Está na hora de tirar o sigilo. Merecemos saber a verdade. Cuiabano, chora não.
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  • cuiabano

    Segunda-Feira, 22 de Abril de 2019, 10h15
  • Isso é malandragem e espertize desse advogado e de Perminio, não tem como provar tudo que fala, então vem com esse joguinho.
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  • antonio carlos

    Segunda-Feira, 22 de Abril de 2019, 09h21
  • Cadeia nelles já!!!
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  • Maria

    Segunda-Feira, 22 de Abril de 2019, 09h00
  • Ei Pedrãoooooooooooo Meu prazer em vê-lo preso não tem medida. Política é companheirismo. Você é o cara que mata a mãe pra preservar o pescoço. Mas, no seu caso, não adiantou. Só quero estar viva e bem para comemorar este momento.
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