O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) escolheu nesta sexta-feira (26), o desembargador Gilberto Giraldelli como novo presidente da Corte Eleitoral para o biênio 2019/2021. Na função de vice-presidente foi eleito o desembargador Sebastião Barbosa Farias, que também desempenhará a função de corregedor regional eleitoral.
A nova gestão terá entre os desafios, concluir o cadastramento biométrico no Estado, onde 81 municípios não iniciaram o procedimento, a implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe) na 1ª Instância e a realização da eleição municipal em 2020 quando serão eleitos prefeitos e vereadores nos 141 municípios mato-grossenses.
Outro desafio será estruturar a Justiça Eleitoral para atender a nova realidade trazida pela recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a competência da Justiça Eleitoral para julgar os crimes comuns conexos aos crimes eleitorais.
Ambos os magistrados ressaltaram a transparência, com divulgação de todos os trabalhos e ações do TRE será a tônica da administração nos próximos dois anos. Giraldelli pontuou que existe uma certa restrição orçamentária que vai obrigar ele e Sebastião Farias a seguirem uma linha bastante reduzida de propostas nesses próximos dois anos. "Evidentemente aquilo que lançarmos vamos fazer de tudo para que possamos alcançar o resultado finalísitico da ação", ponderou.
Conforme o magistrado, conclusão da revisão biométrica do eleitorado será prioridade. Tal questão vai ficar a cargo da Corregedoria Regional Eleitoral. Em números absolutos, está próxima dos 69% do eleitorado mato-grossense.
"Temos a necessidade de interiorizar esse trabalho, que esse número apesar de estar próximo de 70%, temos ainda as comarcas e zonas eleitorais mais distintas, mais longas, nas periferias do nosso Estado e isso vai implicar na necessidade de uma logística maior, uma dificuldade maior para alcançarmos o resultado final que é obtermos até o ano que vem antes do fechamento do cadastro eleitoral a totalidade dos eleitores já revisados e feita a biometria para que essa eleição se dê em sua totalidade através da biometria", destacou Gilberto Giraldelli.
"Mato Grosso possui 2,2 milhões de eleitores e desses, 1,5 milhão já estão biometrizados, digamos assim. Então, é necessário que nós envidemos nossos esforços, apesar da contingência que se referiu o nobre presidente. Nós temos como objetivo priorizar a revisão seguida da biometrização", completou Sebastião Barbosa.