Política Quarta-Feira, 16 de Abril de 2014, 19h:55 | Atualizado:

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Grampo flagra vereador e advogado debatendo sobre vídeo polêmico

 

Da Redação

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O Grupo de Ação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) interceptou, no dia 28 de novembro de 2013, uma ligação entre o vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD) e o seu advogado, Eduardo Mahon, em que o parlamentar indica ter acesso ao vídeo onde aparece “negociando” uma licitação com uma empresária do ramo gráfico em Cuiabá. Neste dia, houve a primeira fase da "Operação Aprendiz".

No áudio, João Emanuel pergunta ao advogado se tem como pegar o vídeo que estava no escritório dele. O objetivo seria mostrar o vídeo ao deputado José Riva (PSD) e ao governador Silval Barbosa (PMDB) que estariam preocupados com a repercussão do material. 

A falta de acesso ao vídeo foi um dos motivos para a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro suspender a sessão extraordinária que seria realizada ontem, com objetivo de votar o relatório da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá pedindo a cassação do parlamentar. 

A gravação foi entregue pelo MCCE (Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral) num recurso pedindo que a desembargadora reconsidere a decisão de suspender a sessão. “A magistrada, que foi induzida ao erro, acaba colocando por terra todo o trabalho da Comissão de Ética da Câmara”, assinalou o advogado Vilson Nery, membro do MCCE.  

O advogado de defesa de João Emanuel, Eduardo Mahon, negou que o vídeo citado seja todo o material utilizado pelo Gaeco como prova para a deflagração da Aprendiz. “O que tinha no escritório eram gravações feita por reportagens da imprensa que divulgaram a todo momento este vídeo”, frisou.

Além disso, Mahon explicou que a investigação feita pelo Gaeco não tem relação com os trabalhos da Comissão de Ética. Ele disse que, na prática, a Comissão de Ética deveria entregar o vídeo para que o vereador formulasse sua defesa. 

Mahon ainda questionou a legitimidade do MCCE em ingressar com a ação na Justiça. “O MCCE não é parte interessada nesta ação”, explicou.

Veja a íntegra do diálogo entre João Emanuel e Eduardo Mahon:

João Emanuel – Doutor Eduardo?

Eduardo Mahon – Fala.

João Emanuel – Aquele vídeo está lá no seu escritório?

Eduardo Mahon – Tá lá.

João Emanuel – É porque eu queria pegar aquele vídeo e mostrar para o Riva e o Silval, que eles ficaram preocupados e tal...

Eduardo Mahon – Ah sim. Eu vou te dar o telefone e você vai ligar para o Roni. Eu vou te dar o telefone só um segundinho. (mudo)... Anota aí... Ele é o cara que abre e fecha o escritório.

João Emanuel – Ok. Vou ligar agora para ele. Um abraço.

Eduardo Mahon – Feito. Até mais.

 

VEJA A ÍNTEGRA DAS GRAVAÇÕES VEICULADAS PELA TV CENTRO AMÉRICA (REDE GLOBO)





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Comentários (2)

  • Bendito

    Quinta-Feira, 17 de Abril de 2014, 09h49
  • Isso não deveria ser feito somente com o vereador ora citado, tem muito mais parlamentares que seriam cassados pelos mesmos atos. Infelizmente a maioria dos parlamentos são ocupados por muitas laranjas podres.
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  • J?lio Santos

    Quinta-Feira, 17 de Abril de 2014, 07h53
  • Tudo bem! O MCCE não é parte, más que jogaram um balde de água fria nas mentiras montadas pelo advogado e o vereador, não resta dúvidas.
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