Os vereadores por Cuiabá, Joelson Fernandes do Amaral, o Sargento Joelson (PSB) e Francisco Carlos Amorim Silveira, o Chico 2000 (PL), alvos da Operação Perfídia, deflagrada na terça-feira (29), precisam cumprir uma série de medidas restritivas impostas pela Justiça, como parte de uma investigação que apura corrupção e recebimento de propina envolvendo a empresa HB Construções, responsáveis pela obra do Contorno Leste na capital.
Apesar de não terem sido presos, os parlamentares estão sujeitos a restrições severas que limitam atividades políticas e pessoais. As medidas foram autorizadas pelo Judiciário como objetivo impedir que os investigados interferissem nas apurações ou se ausente do processo.
Veja as principais restrições impostas pela Justiça:
• Afastamento do mandato: Ambos os vereadores estão suspensos de exercer qualquer função pública por, no mínimo, 180 dias, período que poderá ser prorrogado.
• Comparecimento obrigatório à Justiça: Devem se apresentar periodicamente para demonstrar que continuam à disposição do Judiciário.
• Proibição de acesso à Câmara Municipal: Estão impedidos de entrar no prédio da Câmara de Cuiabá, bem como nas instalações da empresa investigada e suas obras, como o canteiro do Contorno Leste.
• Proibição de contato com envolvidos: Não podem manter contato com testemunhas, servidores públicos, ex-funcionários ou representantes da empresa investigada.
• Impedimento de sair da cidade: Estão proibidos de se ausentar da Comarca de Cuiabá, medida que restringe seus deslocamentos.
• Proibição de deixar o país: Também não podem viajar para o exterior e tiveram que entregar seus passaportes no prazo de 24 horas.
Joelson e Chico são suspeitos de envolvimento em um esquema de pagamento de propina relacionado à empresa responsável pela execução da obra do “Contorno Leste” em Cuiabá. Os vereadores teriam aceitado propina da empresa em troca de apoio político, favorecimento em votações na Câmara para autorizar a prefeitura parcelar débitos com a empresa para retomar as obras.