Fora dos planos do grupo do governador Mauro Mendes (União) para formar uma chapa majoritária para 2026, o senador Jayme Campos (União) vem intensificando sua proximidade com o PSD e MDB, visando a construção de uma terceira via no Estado, onde poderá disputar o governo do Estado ou até a reeleição ao Senado. Nas conversas preliminares, uma das possibilidades seria a migração de e Jayme e seu grupo para o MDB.  

A revelação partiu do ex-deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), que vem articulando a chapa de deputados estaduais da sigla, e citou que a ida de Jayme Campos para O MDB, teria o aval do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  

“Eu sugeria que Jayme Campos fosse o candidato de centro. Inclusive, sugeri que ele fosse para o MDB e fosse candidato, teria todo o nosso apoio. Inclusive numa conversa com o presidente Lula lá atrás, ele disse isso: "Olha, se Jayme for, nós teremos o apoio". Caso contrário, o presidente Lula falou: "Vamos de chapa pura", revelou em conversa com a imprensa durante a visita do presidente ao município de Campo Novo para o lançamento do programa Solo Vivo do Ministério da Agricultura no sábado (24).   

A declaração confirma as movimentações que Jayme Campos vem tendo desde o início do ano, deixando aberta a possibilidade de uma aliança futura para buscar uma reeleição ou até governo do Estado.  Além das conversas com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), Campos também tem conversado com a deputada estadual Janaina Riva (MDB) e a cúpula nacional do MDB.  

Com a formação da Federação União Progressista (União Brasil e PP), o grupo de Mauro Mendes passa a ter praticamente o controle absoluto da Federação, o que pressiona ainda mais os irmãos Jayme e Júlio Campos e seu grupo.  Desde o início do ano, Jayme Campos vem se aproximando de outras siglas. Ele esteve junto com Fávaro em assinaturas de convênios e obras na baixada cuiabana, e também se reuniu com o ex-governador Pedro Taques, que ensaia retorno a política para disputar o Senado e fazer oposição ao governo Mauro Mendes.

Em suas declarações, Jayme tem dito que não aceitará ser escanteado e que qualquer decisão terá que ser discutida internamente, e que candidatura própria ao governo seria fundamental para a sigla.   “Um partido só cresce tendo candidatura própria. Caso contrário, ele é apenas um coadjuvante nos processos eleitorais. E o União Brasil tem estrutura, tem musculatura”, disse recentemente.