Política Sexta-Feira, 28 de Março de 2014, 19h:24 | Atualizado:

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APÓS LIBERDADE

João prevê candidato do Gaeco e pressão sobre vereadores

Parlamentar alega perseguição para ser alvo de cassação e vê fraude em gravações

Da Redação

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O ex-presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), classificou sua prisão no desdobramento da Operação Aprendiz em consequência de uma “perseguição política” que tem sofrido desde o início do mandato. 

“Me considero um preso político porque me apresentei em juízo na terça-feira para prestar esclarecimentos e mesmo assim tive minha condenação antecipada com um mandado de prisão na quarta-feira. Isso aconteceu quando a Câmara Municipal disse que iria ouvir testemunhas no processo disciplinar”, declarou em entrevista coletiva cedida à imprensa no final da tarde desdta sexta-feira (28). 

João Emanuel ainda afirma que sua trajetória política prejudica interesses políticos. “Estou pagando um preço caro por ter despontado como vereador mais votado de Cuiabá, e por consequência o presidente mais jovem da Câmara Municipal, ser vice-prefeito e conduzir uma Mesa Diretora contrária a gestão do Executivo”, declarou. 

O parlamentar foi solto nesta sexta-feira (28) por conta de uma decisão do desembargador Gilberto Giraldelli. Anteriormente, a juíza da Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado, Selma Rosane Arruda, a pedido do Ministério Público Estadual que o acusa de liderar uma organização criminosa de desvio de dinheiro público por meio de fraude em licitação, falsificação de documentos públicos para apropriação de terrenos de terceiros, fraude no INSS e esquema do FINAM de veículos. 

PERDA DE MANDATO

Ao reiterar que é vítima de perseguição política, João Emanuel lembrou que, em 2010, por conta da proximidade eleitoral, sua sogra, Janete Riva, foi presa pela Polícia Federal na Operação Jurupari por conta da acusação de crime ambiental. 

“O prenúncio de que tem pessoas da minha família colocadas como candidato no processo eleitoral, algo que curiosamente aconteceu também no processo eleitoral passado com uma pessoa próxima da minha família, e essa prisão a minha pessoa ter sido decretada um dia após ter saído uma gravação nos veículos de comunicação em que uma pessoa declara minha inocência, mostra a clara intenção de me prejudicar”. 

Em determinado momento, o parlamentar ainda afirmou que o Ministério Público pediu sua prisão com o intuito de influenciar a Câmara Municipal a cassá-lo no processo disciplinar. “Querem dificultar a minha defesa nos veículos de comunicação, a minha participação na tribuna e influenciar vereadores para que se sintam constrangidos com a minha presença no Legislativo. Foi uma tentativa de dar recado aos vereadores e a sociedade da pior forma possível: denegrindo a imagem alheia”

CANDIDATO DO GAECO E ÁUDIOS 

Na coletiva, o ex-presidente da Câmara de Cuiabá alertou que algum membro do Gaeco deve ser candidato a algum cargo eletivo, e busca ganhar projeção perante a população com operações "midiáticas". "Circula nos bastidores que um mebro do Gaeco possa ser candidato, não nesta, mas nas próximas eleições", falou o vereador. As próximas eleições serão no ano de 2016, quando serão escolhidos prefeito e vereadores, e um membro do Ministério Público paradisputar um cargo eletivo deve se exonerar.

João Emanuel ainda informou que o Ministério Público tem vazado áudios para setores da imprensa sem antes anexar ao processo. “Meus advogados não tinham conhecimento destes conteúdos. O que revela a disposição de construir a imagem de um monstro e colocar a opinião pública contra minha pessoa, quando sou igual a todos. Um pai de família, com filho de 5 meses e que tem direito à ampla defesa”. 

O parlamentar informou ainda que, ao ser preso, percebeu exagero da ação policial. “Foram deslocados 30 agentes policiais para me prender. Sou apenas uma pessoa com moradia fixa e que nunca manifestou interesse em fugir do processo. 

Outro ponto atacado foi a celeridade da decisão judicial. “Ao que me consta, a decisão de 31 páginas foi feita em 4 minutos e não chegou ao mandado de prisão. Fui preso sem saber o motivo pelo qual estava sendo preso”. 

Outra crítica pontuada foi o vazamento de áudios por setores da imprensa que pertencem a investigação do Gaeco. “Esses áudios não estiveram anexados aos autos do processo, o quer mostra a estratégia de construir a imagem de um monstro perante à opinião pública para me destruir”. 

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Comentários (1)

  • Piter Arruda

    Sábado, 29 de Março de 2014, 07h41
  • Mas é muito engraçado o Vereador é pego em flagrante fazendo negociata de dentro da câmara de vereadores e ainda se faz vitima. O João Emanuel fez escola com o Sr, José Riva e Janete Riva e pelo visto aprendeu bem, mas ainda tem que batalhar muito para chegar a 186 processos, tem que correr muito para fazer jus a famiglia
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