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RELÂMPAGO

Juiz derruba voto secreto em eleição para presidência de Câmara em MT

Manobra foi contestada por um grupo de vereadores

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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camara rondonopolis

 

O juiz Renan Carlos Leão do Nascimento, de Rondonópolis (216 Km de Cuiabá), atendeu ao pedido de 6 vereadores do município que ingressaram na justiça contra uma “votação relâmpago” na Câmara Municipal, que definiu que eleição para a Mesa Diretora ocorrerá por “voto secreto”. A decisão foi proferida na manhã desta sexta-feira (27). Os vereadores alegam no processo que o presidente da Câmara de Rondonópolis, Júnior Mendonça (PT), “tem se valido de estratégias não republicanas a fim de tentar se manter na presidência”.

Num mesmo dia, conforme revela o processo, houve a apresentação de um projeto de resolução que alterava o regimento interno da Câmara de Vereadores, aprovado em sessão ordinária e extraordinária pelos membros da Casa de Leis.

A referida resolução alterava o regimento interno da Câmara de Rondonópolis de modo a estabelecer votação secreta aos cargos da Mesa Diretora - uma norma do ano de 2001, vigente até então, previa votação nominal e aberta na eleição.

Além do “sigilo”, a alteração no regimento interno da Câmara de Rondonópolis também prevê processos por quebra de decoro (que pode levar à cassação) contra os vereadores que insistirem em abrir o seu voto.

“Destacam que os vereadores foram obrigados a votar no projeto que sequer tinham conhecimento, protocolado após o início da sessão, e sem a concessão do direito de vistas, afirmando a existência das irregularidades para aprovação da resolução”, alegam os vereadores.

Ainda de acordo com o processo, o vereador Paulo Schuh (PL) pediu vista do projeto para tentar adiar a votação, mas foi negado. O também vereador Reginaldo Santos (PSB), membro da Mesa Diretora, “na mesma sessão pediu vista de mais de 20 processos e foram todos deferidos”.

O juiz Renan Carlos Leão observou em sua decisão a “rapidez” com que o projeto de resolução foi aprovado pelos vereadores, apontando a existência de vícios no processo jurídico.

“Restou evidenciada a desconformidade com o art. 152 supracitado- visto que o protocolo das proposições objetos da demanda se deram após o início da sessão realizada no dia 11 de dezembro de 2024 às 14h25min e o protocolo se deu às 14h32min do mesmo dia, sendo que não houve qualquer deliberação que tratasse sobre proposição específica no caso em comento, o que evidencia o descumprimento da norma supracitada”, observou o juiz.

Na mesma decisão, o juiz intimou a vereadora eleita Luciana Abreu Horta (PL) que, de acordo com o magistrado, “conduzirá as eleições da mesa”.

Na manhã desta mesma sexta-feira, a Câmara de Cuiabá também aprovou a votação secreta na eleição da Mesa Diretora, por 15 votos a 9. Assim como em Rondonópolis, a medida também é vista na Capital como forma de beneficiar o atual presidente, Chico 2000 (PL).

As eleições à Mesa Diretora ocorrem nos municípios no dia 01 de janeiro de 2025.





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Comentários (3)

  • Luis Santi

    Sexta-Feira, 27 de Dezembro de 2024, 15h51
  • Só pilantras
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  • Anderson

    Sexta-Feira, 27 de Dezembro de 2024, 15h35
  • A câmara não deve ser um puxadinho do Alencastro, isso já tivemos experiência e acho que o novo prefeito se nao pretendo fazer nada errado precisa de uma câmara independente. Nao deveria estar tão focado em interferir lá pq já doa com muitas dúvidas para os eleitores isso.
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  • OLIVIO NETO

    Sexta-Feira, 27 de Dezembro de 2024, 15h27
  • Aôôô raça desgraçada essa de políticos hein !? Fazem tudo no oculto !!!!! MALDITOS
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