Após pedir demissão do cargo de juiz federal, Julier Sebastião da Silva, já filiado ao PMDB, criticou indiretamente nesta quinta-feira a possibilidade de o senador Pedro Taques (PDT) deixar o mandato de senador pela metade para concorrer ao governo do Estado. “A interrupção de mandato é prejudicial a população e as políticas públicas. O serviço público precisa de continuidade. Por isso, aquele que for eleito deve permanecer no mandato até o final", disse na primeira entrevista coletiva após renunciar ao cargo de juiz federal onde atuou por 19 anos nos estados de Rondônia, Acre e Mato Grosso.
Juliera analisou que várias cidades brasileiras sofreram graves problemas com a renúncia de prefeitos para disputarem outros cargos. "É só observar o problema que prefeitos que renunciam aos mandatos deixam nos municípios”, declarou.
Após assinar ficha de filiação ao PMDB em Brasília na quarta-feira (2), Julier Sebastião concedeu coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (3) na Assembleia Legislativa. Mesmo evitando se aprofundar em temas políticos e confirmar de que pode concorrer ao governo do Estado ou Senado, Julier avaliou que Mato Grosso tem muito a perder com a vitória de um grupo oposicionista nas eleições de outubro. “Mato Grosso perde muito se tivermos um governador de oposição ao governo federal. As 56 obras da Copa do Mundo, chegada da ferrovia e o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) é fruto de uma parceria do governo federal com o Estado. Mato Grosso só tem 8 deputados federais enquanto São Paulo tem 75. São Paulo pode ter governador de oposição, Mato Grosso não”, disse.
Taques é considerado o principal nome da oposição para concorrer ao governo do Estado e tem aglutinado o apoio de partidos oposicionistas ao governo federal como PSDB-DEM e PPS. Curiosamente, Taques e Julier atuaram firmes no combate ao crime organizado.
Enquanto Taques na condição de Procurador da República investigou e denunciou João Arcanjo Ribeiro, coube a Julier conduzir os processos na esfera federal que culminou na pena de prisão ao comendador. Hoje, os dois têm uma relação estremecida em decorrência dos desfechos da "Operação Ararath" que no ano passado cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e gabinete do magistrado.
Janaina f. Sesmilho
Quinta-Feira, 03 de Abril de 2014, 20h57Cidadao
Quinta-Feira, 03 de Abril de 2014, 20h06ozelito josetti de oliveira
Quinta-Feira, 03 de Abril de 2014, 16h32