Política Quinta-Feira, 29 de Novembro de 2018, 08h:35 | Atualizado:

Quinta-Feira, 29 de Novembro de 2018, 08h:35 | Atualizado:

AVALIADOS EM R$ 1 MILHÃO

Justiça manda abater 2 mil galos apreendidos em rinha de ex-prefeito preso pela PF

Animais foram apreendidos durante operação "Sem Saída", que apura envolvimento de Eudes Aguiar com traficante "Cabeça Branca"

TARLEY CARVALHO
Da Redação

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Após citar os problemas de maus-tratos a animais, a Vara Especializada do Meio Ambiente de Cuiabá reconfirmou a doação e abate de 2 mil galos, galinhas e pintinhos, avaliados em R$ 1 milhão, apreendidos durante a “Operação Sem Saída”, deflagrada na última quinta-feira (22) pela Polícia Federal. Os animais são pertencentes ao ex-prefeito de Brasnorte (575 km de Cuiabá), Eudes Tarcísio de Aguiar. A decisão é da última segunda-feira (26).

Para tomar a decisão, a Vara do Meio Ambiente levou em consideração a argumentação da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), que alegou não ter espaço para abrigar os animais devido à sua quantidade, aproximadamente 2 mil, no total, entre galos, galinhas e pintinhos.

Além disso, a Justiça também considerou que ambientes especializados em cuidado de animais, como o zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), não possuem estrutura para receber tais animais. O comportamento agressivo e antissocial dos galos apreendidos também foi levado em consideração pelo Juizado.

“Deste modo, considerando que não há Instituições para receber os animais para guarda e cuidados que não caracterizem maus tratos, considerando que a Polícia Judiciária Civil igualmente não tem condições estruturais de manter os animais vivos sob sua guarda, e, considerando ainda que as condições a que esses animais foram submetidos ao logo de suas existências revelam que eles não convivem de forma sadia, mas apenas confinados, o que por si só é causa de maus tratos, esgotadas estão as hipóteses de destinação dos animais seguindo-se estritamente o dispositivo legal”, fundamentou.

Todo o trâmite se deu porque, logo que descobertos os galos na propriedade do prefeito, a Polícia Militar Ambiental foi acionada e, por sua vez, alertou a Dema. O órgão, então, determinou a doação dos animais a uma entidade sem fins lucrativos, para os animais servirem de alimentação.

Em toda a análise, o Juizado considerou que cabe ao Poder Público a proteção à vida, entre todos os seus tipos, a dos animais. Porém, considerando a quantidade apreendida, a falta de estrutura e a condição social dos animais, em decorrência das supostas rinhas as quais foram submetidas, o único caminho encontrado pela polícia, sustentado pelo Ministério Público Estadual (MP) e decidido pela Vara Especializada do Meio Ambiente de Cuiabá, foi o sacrifício dos animais, com o objetivo de encerrar seu sofrimento.

Neste momento, a defesa do ex-prefeito Eudes Tarcísio de Aguiar entra com recurso no Tribunal de Justiça, 2ª instância, para tentar anular a decisão de sacrificar os animais.

‘SEM SAÍDA’

A “Operação Sem Saída” foi deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira pela Polícia Federal e tinha por objetivo desmantelar quadrilha do narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, também conhecido como “Cabeça Branca” e “embaixador do tráfico”. O ex-prefeito Eudes Aguiar é suspeito de ajudar o narcotraficante a "lavar" os recursos oriundos da atividade ilícita.

"Cabeça Branca" foi preso em 2017 em Sorriso e é considerado um dos maiores traficantes do país.

 

 





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Comentários (9)

  • Jo?o Victor

    Quinta-Feira, 29 de Novembro de 2018, 19h15
  • Uma decisão totalmente sem noção, condenando os animais que estavam vivos, e mto bem, à morte.
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  • Thor

    Quinta-Feira, 29 de Novembro de 2018, 15h44
  • Que Justiça é essa que apreendeu animais alegando maus tratos e tem como solução matalos? Pelas imagens da pra ver perfeitamente que os animais eram muito bem cuidados e viviam melhor que muito ser humano do nosso pais. Quem pratica realmente maus tratos é quem os senteciou a morte e que ainda se dizem defenssores, é matando a vitima que se defende? É assim que funciona no Pais?
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  • cep

    Quinta-Feira, 29 de Novembro de 2018, 12h35
  • esses galos são muito bem tratados. não sou gslista mais na minha opinião tinha que ser liberada a briga de galo porque eles brigam por extinto essa raça é assim mesmo desde novinhos eles já brigam esse país tem que parar com hipocrisia tem coisas mais graves para se preocupar.
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  • Chico Butija

    Quinta-Feira, 29 de Novembro de 2018, 11h41
  • Com certeza se forem doados vivos vão retornar de alguma forma para a briga de galo. Quanto a crime ambiental esse povo que comenta é sem noção, pois e quanto ao frango caipira abatido em feiras e frango de granja em frigorífico? Não seria crime ambiental também? Tem que mandar para o abate e acabar com essas genéticas de galo de briga.
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  • indignado

    Quinta-Feira, 29 de Novembro de 2018, 10h00
  • EUREKA...já acharam os culpados e por isso devem morrer. ( algumas das nossas autoridades realmente são....... (complete)
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  • PROFESSOR

    Quinta-Feira, 29 de Novembro de 2018, 09h48
  • Absurdo e maus tratos aos animais autorizado pela "JUSTIÇA", sacrificar é a solução, matar bem devagar para eles sentirem dor, é essa a solução, pelas fotos dá pra ver que mesmo confinados tinham um tratamento bem melhor do que a morte, e ainda jogar fora enquanto tem pessoas passando fome? é essa a solução para "JUSTIÇA". VERGONHA...ABSURDO...QUE PAIS É ESTE?
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  • carlos

    Quinta-Feira, 29 de Novembro de 2018, 09h30
  • Porque não distribui um para cada familia que cria galinhas em seus terreiros? sacanagem essa decisão.
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  • Mazzio

    Quinta-Feira, 29 de Novembro de 2018, 09h16
  • Absurdo! Tenho estrutura pronta para receber pelo menos 20 unidades.
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  • Karlos

    Quinta-Feira, 29 de Novembro de 2018, 09h09
  • Pelo jeito chegaram a conclusão de que os galos é que são os clientes e por mesmo devem pagar com suas vidas
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