O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) criticou a gestão do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmando que o foco da administração municipal deveria estar na epidemia de dengue e chikungunya, e não no conflito com o Conselho Federal de Medicina de Mato Grosso (CRM) sobre a demanda espontânea nas unidades de saúde.
Em entrevista ao programa A Notícia de Frente (TV Vila Real, canal 10.1) nesta terça-feira (18), o petista, que também é médico sanitarista, ressaltou que as unidades básicas de saúde (UBSs) não estão preparadas para atender casos de urgência e que a atenção deveria estar voltada para a estruturação do sistema de saúde diante da crise epidemiológica.
"No cenário que estamos vivendo agora, de uma epidemia de arbovirose, especialmente de chikungunya, o sistema de saúde precisa ser preparado para enfrentar essa epidemia. Esse deveria, na minha opinião, ser o centro do debate. E não esse conflito sobre se atende ou não demanda espontânea, se é pronto atendimento ou não. Pronto atendimento é para urgência", afirmou Lúdio.
A polêmica teve início após a publicação de um decreto municipal em 23 de janeiro, determinando que as UBSs priorizassem o atendimento por demanda espontânea e suspendessem os agendamentos, em razão da situação de emergência. A medida gerou insatisfação entre médicos, e um novo decreto, publicado em 8 de fevereiro, revogou a regra, permitindo o retorno dos agendamentos.
Para Lúdio, a Prefeitura deveria ter adotado uma estratégia organizada para atender melhor os casos de dengue e chikungunya. "O que deveria ser feito era desenhar a rede, organizar as unidades de pronto atendimento, definir algumas unidades básicas como centros de referência para atuarem como pronto atendimento em horário estendido, com mais médicos, mais profissionais, equipamentos e melhores condições", sugeriu. Ele citou como exemplo as unidades do Tijuca, CPA 3 e Quilombo.
O deputado também defendeu que a Prefeitura precisa estabelecer um diálogo com a população para orientá-la sobre quando buscar atendimento nas unidades básicas e quando procurar as unidades de pronto atendimento. "Crianças com menos de 2 anos, gestantes, pessoas com comorbidades e idosos, diante de sinais clínicos de dengue ou chikungunya, devem ser orientadas a procurar uma unidade de pronto atendimento, pois têm maior risco de complicações. Já os adultos jovens sem comorbidades podem buscar uma unidade básica de saúde para o primeiro atendimento. A partir do exame clínico, nem sempre há necessidade de exame laboratorial, mas é possível identificar os casos que podem ter risco de agravamento", explicou o parlamentar.
Antonio
Sexta-Feira, 21 de Fevereiro de 2025, 11h43Antonio Claras
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Sexta-Feira, 21 de Fevereiro de 2025, 00h14