Com a ausência da ex-secretária de Cultura, Janete Riva (PSD), o debate entre os candidatos ao Governo do Estado realizado pela Rádio Mix (FM) ficou polarizado entre os candidatos Pedro Taques (PDT) e Lúdio Cabral (PT). José Marcondes “Muvuca” (PSH) e José Roberto (PSOL) foram coadjuvantes, com o jornalista sendo incisivo principalmente nas alfinetadas e críticas ao senador pedetista.
Lúdio e Taques trocaram farpas principalmente quanto aos apoios recebidos por ambos na campanha eleitoral. Taques tenta “colar” a imagem de Lúdio ao governador Silval Barbosa (PMDB), desgastado principalmente por conta dos atrasos e da qualidade das obras da Copa do Mundo e do MT Integrado.
Em resposta, Cabral falou que diversos empreiteiros apóiam a candidatura de Taques, sendo alguns até candidatos a deputado federal e estadual. Ele falou ainda que o senador esconde que recebe o apoio do PP, do ex-deputado Pedro Henry que está preso por conta do processo do “Mensalão”, e de Luiz Antonio Pagot, a quem Taques chamou de “mafioso” durante uma sessão no Senado.
Lúdio ainda relacionou Taques aos grandes produtores do Estado. Segundo eles, os “bilionários” financiam a campanha do pedetista estarão atrelados e atuando fortemente num eventual governo pedetista. O ex-vereador de Cuiabá ainda criticou Taques por faltar a três debates entre os candidatos a governador, classificando-o de “fujão”.
Taques falou que enquanto Lúdio o ataca com relação a seus apoiadores, ele protege “seus amiguinhos”. Ele relatou que o petista fez campanha para arrecadar dinheiro para que o ex-deputado José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pagassem a dívida decorrente do processo do Mensalão. Além disso, disse que a presidente Dilma faltou a uma entrevista na Rede Globo e ele não a classifica de “fujona”.
Quem também chamou atenção foi o jornalista José “Muvuca”. De forma inusitada, ele questionou Pedro Taques sobre as propostas dele para amenizar o calor de Cuiabá. Taques respondeu que “isso é proposta de candidato laranja”’. Na sequência, “Muvuca” colocou que não respondeu antes porque o senador copia as propostas dos adversários e que pretende incentivar a implantação de ar-condicionado nos ônibus de Cuiabá e ainda plantar árvores nos espaços públicos.
Em resposta, disse ainda que Pedro Taques é “laranja” de Eraí Maggi, que doou, junto com sua família, mais de R$ 4 milhões ao pedetista. “O senhor é laranja e ele irá mandar em seu governo”, disse Muvuca. O senador rebateu falando que as doações estão na sua prestação de contas, ao contrário de Muvuca, que não prestou contas nas campanhas anteriores e, por conta disso não obteve registro junto a Justiça Eleitoral.
Mais comedido, o candidato José Roberto do PSOL falou que é o único candidato que pode realmente promover as mudanças que o Estado precisa. Isso porque ele não tem ligações com grupos econômicos como seus adversários. “Não temos compromissos com nenhum desses grupos, somente com o cidadão”, destacou.
antonio fran?a
Segunda-Feira, 15 de Setembro de 2014, 14h23