O governador Mauro Mendes (União) criticou nesta terça-feira (15) a reunião do Fórum Sindical, composto por diversos sindicatos dos servidores públicos, com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), realizada no dia anterior para discutir a formação de um grupo político para disputar as eleições de outubro deste ano. 

“A partir do momento que o Fórum Sindical abraça aquilo que mais repugnamos na política, pelo menos as pessoas de bem, perde um pouco a credibilidade”, declarou.

Mendes ainda rebateu a crítica de que no exercício do mandato de governador não tem participado de reuniões com representantes do Fórum Sindical e também de sindicatos para discutir políticas de valorização aos servidores públicos. “Essa invenção de Fórum Sindical foi criada na gestão do ex-governador Pedro Taques. Cada categoria tem suas ações específicas e demandas diferentes. Eu não consigo entender a Polícia Civil com a mesma agenda da educação. Ou que os servidores do Indea [Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso] tenham as mesmas demandas dos servidores da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente)”, pontuou.

O governador ressaltou que seu cargo tem diversas atribuições e, por isso, tem demandas nas quais os secretários de Estado são diretamente escalados para atender, o que não significa discriminação da gestão estadual a determinado segmento. “Essa instituição que foi inventada [Fórum Sindical] eu recebo alguns, mas os secretários são legitimados para atender. Se eu for atender cada cidadão que deseja falar diretamente com o governador eu vou atender mais que pai de santo e não conseguirei trabalhar. Eu tenho que ter uma agenda com determinados critérios”, concluiu.

Fora do debate

Questionado a respeito das críticas do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), de que estaria governando para uma “panelinha” e sem “espírito coletivo”, o governador Mauro Mendes declarou que não entraria em discussão que considera pequena. “Isso é frase de efeito. Não vou entrar em joguinho. Isso é distante da realidade. São 1, 5 mil km de asfalto. Investimentos nos hospitais regionais, máquinas entregues as prefeituras. Não se pode diminuir as ações da gestão estadual”, disse.