O governador Mauro Mendes (UB) voltou a criticar a gestão administrativa de Cuiabá, sob o comando do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O chefe do Palácio Paiaguás foi processado pelo gestor cuiabano que pediu R$ 40 mil de indenização por danos morais.
À imprensa, nesta quarta-feira (27), Mendes disse ainda que é 'trágico' a cidade não ter a comercialização do 'Peixe Santo'. Emanuel Pinheiro pediu na Justiça uma indenização de R$ 40 mil por danos morais por falas do gestor estadual a respeito dos decretos publicados pelo administrador da Capital, referentes a uma auditoria sobre supostas mortes ocorridas no Hospital São Benedito.
O prefeito alega que Mauro Mendes fez declarações caluniosas e difamatórias em relação aos decretos anunciados por ele em 8 de fevereiro de 2024. "Já pronunciamos sobre isso. É mais uma cortina de fumaça. É grave o que acontece em Cuiabá. É irritante ficar falando de algo tão nojento que é a administração pública que classifico como a pior dos 300 anos da história da cidade. E boa parte da população sabe disso. O caos financeiro que está ai", afirmou o governador.
Mauro Mendes fez questão de lembrar o período caótico enfrentado na Saúde da capital, que contou com várias operações policiais envolvendo a Pasta durante quase oito anos de gestão. Além disso, destacou que durante os meses de intervenção estadual, decretada pelo Poder Judiciário após pedido do Ministério Público, houve uma melhora.
No entanto, já há falta de medicamentos e médicos novamente. "Dois meses que a intervenção se afastou e o caos já está voltando aí. Os médicos estão avisando que está faltando remédio. A cidade está atolada em buracos e dívidas. Eu tento evitar gastar o meu precioso tempo como governador desse Estado, que tem que cuidar de um monte de coisa, para ficar falando de alguém que não merece a minha atenção", disparou o gestor.
Pela primeira vez, Cuiabá não terá o Peixe Santo no período da Semana Santa e a prefeitura alega que a empresa Pescado Assunção Ltda, contratada através de um chamamento, comunicou na segunda-feira (25) a desistência da comercialização do pescado. Questionado sobre o cancelamento da tradição, Mendes, que já foi prefeito da capital entre 2013 e 2017, foi enfático: "Apenas mais uma trágica trajetória que Cuiabá tem enfrentado nos últimos anos", finalizou.
Cuiabana
Quarta-Feira, 27 de Março de 2024, 18h19