O vice-governador Chico Daltro (PSD) afirma que sua pré-candidatura ao governo do Estado continua posta, mesmo após o anúncio do governador Silval Barbosa (PMDB) de concluir o mandato. O social-democrata sustenta que o fato de não assumir o comando do Paiaguás neste ano não deve afetar seu projeto. Segundo ele, o PSD já havia discutido esta possibilidade e chegado à conclusão de que a pré-candidatura não precisaria estar atrelada à renúncia de Silval para disputar o Senado.
Daltro também afirma que a legenda está coesa e motivada no sentido de construir o projeto à majoritária. O vice-governador descarta totalmente, no entanto, a possibilidade de um “plano B”. Ressalta que a única vaga que almejada é mesmo de chefe do Executivo.
Embora sua pré-candidatura só fosse considerada viável – até mesmo por membros da base governista – com a renúncia de Silval, Daltro garante não se sentir prejudicado. Lembra que, durante a coletiva em que anunciou sua decisão, o governador também mostrou simpatia ao projeto do social-democrata e afirmou que apoiaria Daltro, casso essa fosse à decisão de seu grupo político.
O social-democrata também garante que não há ressentimentos de sua parte quanto à decisão de Silval. Diz já ter afirmado ao governador que lhe daria total apoio, independente da escolha.
PESQUISA
Daltro é quem coordena a realização da pesquisa eleitoral qualitativa encomenda pelo grupo governista para ajudar a decidir o nome do candidato ao governo do Estado.
Segundo ele, já está tudo acertado com instituto IBOPE, que deve iniciar o levantamento já nos próximos dias. No entanto, ainda não há uma data para a divulgação do resultado.
Concorrem internamente com Daltro pela vaga de candidato a governador o ex-vereador de Cuiabá Lúdio Cabral (PT), o empresário Eraí Maggi (PP) e o ex-prefeito de Água Boa Maurício Tonhá (PR), além do juiz federal Julier Sebastião da Silva.
O vice-governador, aliás, considerou como uma boa adesão a de Julier ao PMDB. Para ele, o juiz fortalece a coligação.