A vereadora Michelly Alencar esteve no Horto Florestal, em Cuiabá, para verificar as mudas de ipês que foram plantadas em homenagem às vítimas de feminicídio no Estado de Mato Grosso. A ação, realizada nesta segunda-feira (27), teve a presença do secretário municipal de Meio Ambiente, João Afonso Portocarreiro.
As mudas, anteriormente plantadas em área próxima ao Parque Tia Nair, foram retiradas e transferidas para o Horto, gerando questionamentos da população sobre o destino delas.
"Estamos aqui para mostrar onde estão as mudas de ipê que foram retiradas daquela área ao lado do Parque Tia Nair. Essas árvores representam as vítimas de feminicídio em nosso Estado. Foram plantadas, inicialmente, 55 mudas, mas, infelizmente, esse número aumentou. Hoje são 64, com muita dor no coração, que registramos esse crescimento", declarou a vereadora.
Durante a visita, Michelly destacou que a ação é simbólica e tem como objetivo manter viva a memória das mulheres que tiveram suas vidas interrompidas pela violência. A parlamentar também relembrou o recente caso de Gabrieli Daniel de Souza, de 31 anos, assassinada no domingo (26), e que será homenageada com uma muda plantada em seu nome.
"Em março, no plantio original, vivemos um momento muito emocionante com a presença de várias famílias. Eu mesma plantei uma muda em memória de uma vítima de Peixoto de Azevedo. Hoje, pedi ao secretário que incluíssemos Gabrieli, de Cuiabá. Essas árvores florescerão como símbolo da luta contra o feminicídio e da lembrança eterna dessas mulheres", completou.
O secretário João Afonso reafirmou o compromisso da Prefeitura de Cuiabá com a preservação da memória dessas vítimas. “Infelizmente, o número de homenagens cresceu, mas seguimos firmes com o propósito de manter viva a memória dessas mulheres. A Câmara Municipal, a Promotoria e o prefeito Abílio Brunini estão juntos nesse esforço”, afirmou.
A vereadora Michelly informou que está em diálogo com o prefeito Abílio Brunini e o secretário de Meio Ambiente para definir um novo local definitivo para o replantio das mudas, garantindo que as árvores tenham espaço adequado para crescer e continuar representando a memória das vítimas.