O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, manteve a prisão de Reginaldo Silveira, morador de Cuiabá e “obcecado” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi publicada nesta segunda-feira (13).

Alexandre de Moraes lembrou que mesmo beneficiado com a prisão domiciliar, Silveira violou a utilização da tornozeleira eletrônica em 73 oportunidades. O réu responde pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, ocorridos em Brasília (DF), num movimento que tinha o objetivo de beneficiar Jair Bolsonaro e as Forças Armadas - os verdadeiros patrocinadores e entusiastas do golpe de estado.

“Como já dito, mesmo em liberdade, Reginaldo Silveira descumpriu as medidas cautelares a ele impostas. E não só. O fez em claro comportamento desafiador, de desrespeito a esta Suprema Corte e às decisões por ela proferidas, com diversas violações do monitoramento eletrônico, inclusive rompimento da cinta, sem qualquer justificativa, evidenciando que as medidas cautelares impostas não se mostraram eficazes para a garantia da aplicação da lei penal e ordem pública no caso posto”, analisou Alexandre de Moraes.

A prisão preventiva por descumprimento das medidas cautelares diversas da prisão já havia sido decretada contra Reginaldo Silveira em junho de 2024 por Alexandre de Moraes. Na ocasião, o ministro do STF também determinou o bloqueio de bens do suspeito.

Reginaldo Silveira é um dos “fãs” de Bolsonaro que esteve na Praça dos Três Poderes em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro de 2023, fazendo “traquinagens” com o patrimônio público, como a destruição de parte das sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A vadiagem custou R$ 24 milhões para o bolso dos brasileiros.

Bolsonaro assistiu pela TV o "estouro" de seu rebanho enquanto estava em Miami, nos Estados Unidos - para onde fugiu com medo de ser preso em razão de sua derrota nas eleições de 2022.