O Ministério Público do Estado (MPMT) propôs um acordo de não persecução cível ao servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Nasser Okde. Ele responde a um processo por ser beneficiário de dois cheques do Poder Legislativo Estadual, que deveriam ser utilizados para o pagamento de uma empresa, no ano de 2003.
Na época, segundo a denúncia do MPMT, os valores totalizavam pouco mais de R$ 18 mil. Um dos cheques foi depositado na conta da própria mãe do servidor, Latife Hassan Okde (já falecida).
Em decisão do último dia 5 de maio, o juiz da Vara de Ações Coletivas do Tribunal de Justiça (TJMT), Bruno D’Oliveira Marques, suspendeu o processo que apura o desvio em razão da possibilidade do acordo com o servidor. Nasser Okde pode deixar de responder ao processo mediante o pagamento dos prejuízos aos cofres da ALMT.
Há ainda a possibilidade dele também ter os direitos políticos suspensos. “Compulsando os autos, verifico que o Parquet peticionou pugnando pela suspensão do feito diante das tratativas desenvolvidas com o fito de elaboração de acordo de não persecução cível (ANPC) com a parte executada”, determinou o magistrado.
Conforme a denúncia do MPMT, o servidor e sua mãe teriam recebido um cheque, cada um, de um total de 40, que deveriam ser pagos a uma empresa identificada como Argon Ar Condicionado, que somavam R$ 381 mil à época. Nasser também é envolvido em outros casos de desvios de recursos públicos capitaneados pelo ex-presidente da ALMT, José Riva.
ana
Sexta-Feira, 12 de Maio de 2023, 13h10