Política Quarta-Feira, 23 de Setembro de 2015, 06h:43 | Atualizado:

Quarta-Feira, 23 de Setembro de 2015, 06h:43 | Atualizado:

DESVIO MILIONÁRIO

MPE iniciou investigação após compartilhamento da Ararath

Servidores fraudaram notas para justificar verba de suprimentos

CLÁUDIO MORAES
Da Editoria

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O Gaeco (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado) deflagrou na manhã de hoje mais uma operação de combate a corrupção com o dinheiro público em Mato Grosso. O alvo são fraudes cometidas na Assembleia Legislativa do Estado na prestação de contas da verba de suprimento dos parlamentares das legislaturas anteriores.

Ao todo, são 22 mandados de prisão temporária e dezenas de busca e apreensão. As investigações do Gaeco, que é comandado pelo promotor Marco Aurélio Castro, descobriram um prejuízo milionário de R$ 1 milhão através da emissão de "notas frias através de empresas de fachada".

Em junho deste ano, o promotor Roberto Turin encaminhou uma notificação para o Legislativo solicitando uma auditoria nos gastos entre 2011 e 2014. A verba, de R$ 4 mil, era concedida até o início ano mensalmente aos servidores dos gabinetes dos deputados para compras em geral e custeio de outros serviços.

A suspeita de desvio de recursos públicos através da verba de suprimentos teve início após compartilhamento de provas da "Operação Ararath", que é feita pela Polícia Federal. Foram verificados indícios de ilegalidades com base nas prestações de contas apresentadas pelos servidores para justificar os gastos, uma vez que as despesas sempre atingiam o limite máximo de R$ 4 mil, havia constante repetição de fornecedores e os bens eram adquiridos em quantidades exorbitantes para apenas um gabinete.

O MPE também constatou que a qualidade e a quantidade de boa parte dos bens e serviços adquiridos em gráficas, empresas de publicidade e papelarias indicam claramente “burla ao processo licitatório, configurando fracionamento ilícito e compras diretas”.  “Estes detalhes apontam para o fato de que, muito provavelmente, os bens adquiridos não foram entregues e os serviços contratados não foram efetivamente realizados, dando ensejo a danos de vultosa soma ao erário, bem como a possível desvio de recursos públicos”, diz os promotores.

A nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), extingiu em fevereiro deste ano a verba. Hoje, os parlamentares têm apenas a verba indenizatória de R$ 65 mil por mês.

 





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Comentários (4)

  • Roberto

    Quarta-Feira, 23 de Setembro de 2015, 18h48
  • Bons ventos!!! Aquele pessoal que organizou suas residencias para receber turistas na copa, vai ser reembolsado agora. Pela alta demanda de corruptos sendo presos pelo Gaeco, faltarão celas, e o governo certamente locará estes espaços, desde que, é claro e óbvio, o interessado deverá contribuir com o organizador da licitação! (Se houver licitação, pois em casos de urgência, as mesmas são dispensadas)
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  • Cesar

    Quarta-Feira, 23 de Setembro de 2015, 09h24
  • Perto desta V. I. de 65 estes 4 mil parece dinheiro de pinga. Se é pra moralizar que seja por inteiro. Basta de parecer honesto, tem que o ser efetivamente.
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  • Marcelo

    Quarta-Feira, 23 de Setembro de 2015, 07h39
  • Mais 22 corruptos. A sensação é que não salva ninguém. E a população paga a farra com dinheiro público e ainda querem aumentar impostos. Só a polícia para dar um jeito.
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  • MAX

    Quarta-Feira, 23 de Setembro de 2015, 07h23
  • "Apenas a verba indenizatória de 65.000". QUANTA VERGONHA E ROUBALHEIRA. Deve extinguir essa verba, o povo deve ir às ruas para isso.
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