Política Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 09h:18 | Atualizado:

Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 09h:18 | Atualizado:

DUODÉCIMO ATRASADO

"MT não prova receita baixa", diz STF

Ministra Rosa Weber determinou que Estado repasse recursos à Defensoria

ARTHUR SANTOS SILVA
Gazeta Digital

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

taques.jpg

 

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deferiu liminar determinando que o Estado repasse os recursos de duodécimo atrasados à Defensoria Pública de Mato Grosso, afirma que o governador Pedro Taques (PSDB) não conseguiu comprovar frustração de receitas.

A decisão que determinou o pagamento  foi estabelecida numa ação da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep) que cobra o pagamento de duodécimo atrasado. Segundo a associação, a omissão do Executivo Estadual feriu a autonomia da Defensoria Pública, instaurando um quadro parcial de inviabilidade institucional.

Em março, tentando justificar os atrasos, o governador tucano apresentou dados do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças (Fiplan), apontando que somente em janeiro e fevereiro deste ano Mato Grosso sofreu uma frustração de receita estimada em R$ 193,1 milhões.

Tal comprovação seria o único meio de justificar os atrasos. Segunda a ministra, “o caráter excepcional da situação de frustração de receita há de ser comprovado pelo ente federado, como forma de garantia da alegada independência financeira e exclusão da hipótese de ingerência indevida do Poder Executivo no funcionamento dos demais Poderes e órgãos do Estado, como o caso da Defensoria Pública”.

Porém, conforme a magistrada, os documentos juntados pelo Governo de Mato Grosso não comprovaram frustração. O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat), que faz parte do processo na condição de “amigo da causa”, visto que também sofre com o duodécimo atrasado, foi citado por Weber.

“O argumento da frustração de receita não ficou comprovado. Em cotejo a Nota Técnica e o relatório resumido da execução orçamentária, juntado pelo amicus curiae SINJUSMAT, e elaborado pela Secretaria de Estado da Fazenda, verifica-se que a arrecadação da receita líquida permaneceu estável, sem frustrações relevantes ou significativas”, afirmou a ministra.

Duodécimo

Tanto a Constituição da República quanto a de Mato Grosso determinam que o duodécimo seja usado pelas instituições públicas e pelos Poderes para a compra de equipamentos, material de trabalho, pagamento da folha salarial e outras despesas.

O repasse é dividido em 12 vezes e cada instituição tem o direito garantido na Lei Orçamentária Anual (LOA) de receber uma porcentagem da receita corrente líquida do Estado.

Para o Poder Judiciário, o valor destinado é de 7,7%, enquanto o Ministério Público Estadual recebe 3,11%.O Tribunal de Contas do Estado recebe 2,71%, a Defensoria Pública tem direito a 0,9% da receita líquida e a Assembleia Legislativa recebe 3,5% das receitas correntes. Desde 2014, por causa da dificuldade no fluxo de caixa, o Governo tem acumulado atrasos de duodécimos.

 





Postar um novo comentário





Comentários (6)

  • Horando Moraes

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 12h44
  • Das duas uma... ou incompetência ou roubo. E agora Governador? Nada mais, nada menos, é o STF quem diz que você menti...
    5
    0



  • cesar

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 12h11
  • ROUBO!!! SÓ ISSO...
    5
    1



  • CARLOS

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 11h53
  • NÃO TÔ ENTENDENDO MAIS NADA PQ O TCE DISSE Q NÃO TEM DINHEIRO P PAGAR RGA DOS SERVIDORES DO EXECUTIVO MAS P PAGAR DUODÉCIMO TEM, HUMM DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
    8
    0



  • jane

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 11h36
  • Pior governo na história do estado de mato grosso
    6
    1



  • AFFF

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 10h47
  • Péssima administração dos recursos! Quando os Órgãos do Executivo gerenciavam seu próprio orçamento não acontecia essa zona, foi só centralizar na SEFAZ/SEPLAN que virou essa crise! Pegam dinheiro de Fundos e de Autarquias, se isso não for pedalada é o que então?
    7
    2



  • caleb santiago de brito

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 09h42
  • CRISE MESMO SO SE FOR NA CASA DO GOVERNADOR. NAO E FACIL GOVERNAR UM ESTADO COMO O NOSSO, MAS TAMBEM NAO E DIFICIL , O QUE PRECISA E GESTAO E COMPETENCIA.
    10
    2











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet