Política Quarta-Feira, 08 de Julho de 2015, 16h:56 | Atualizado:

Quarta-Feira, 08 de Julho de 2015, 16h:56 | Atualizado:

CITADO NA VENTRÍLOQUO

"Não participei de esquema", diz Fabris

 

MIDIANEWS

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O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) afirmou, na tarde desta quarta-feira (8), que não participou de qualquer transação relacionada ao pagamento de R$ 9,4 milhões ao advogado Joaquim Fábio Mielli de Camargo, delator de um suposto esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa, investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), por meio da Operação "Ventríloquo".

Os nomes de Fabris e do deputado Romoaldo Júnior (PMDB), ex-presidente do Legislativo, foram citados em decisão da juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado de Cuiabá, que remeteu as peças da investigação do caso ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso. 

A medida se deve ao fato de que os dois parlamentares têm prerrogativa de foto.

A magistrada citou que testemunhas ouvidas pelo Gaeco afirmaram que Fabris e Romoaldo teriam sido destinatários de parte do dinheiro supostamente desviado dos cofres da Assembleia Legislativa.

"Não conheço - ou melhor, nunca vi - esse tal advogado e tampouco sei do que trata essa investigação relacionada ao HSBC. O que posso garantir é que não tenho nada a ver com essa história. E irei provar isso a Justiça", afirmou Gilmar Fabris.

Ele lembrou que, em 2014, data dos fatos constantes na investigação do Ministério Público Estadual, não exercia o mandato de deputado estadual, estava apenas na condição de suplente. 

"Fiquei sabendo que meu nome foi citado pela magistrada ainda há pouco, por meio dos sites de notícia. Quero dizer que, quando for convocado pelo Tribunal de Justiça, estarei pronto para colaborar com as investigações e esclarecer qualquer dúvida. Mas quero ressaltar que não sei quem é esse advogado. Não participei de nenhum esquema e não fui beneficiado", disse.

Fabris acrescentou que está à disposição da Justiça, inclusive, para uma acareação com todos os elementos citados na investigação do Gaeco.

Competência

Na sexta-feira (3), a juíza Selma Arruda declinou da competência para julgar a ação derivada da Operação Ventríloquo, que apura um suposto esquema que teria desviado R$ 9,4 milhões da Assembleia Legislativa.

Segundo a magistrada, considerando que o MPE afirmou que testemunhas ouvidas na operação do Gaeco citaram os deputados Gilmar Fabris e Romoaldo Júnior - que têm foro privilegiado para serem julgados pelo TJ-MT -, a apuração do caso já não cabe mais à Vara presidida por ela.

A Operação Ventríloquo foi deflagrada pelo Gaeco na manhã do dia 1º de julho e culminou na prisão preventiva do ex-deputado José Riva (PSD), que já teve a soltura decretada pelo STF); do ex-secretário de Finanças da AL-MT, Luiz Márcio Pommot, que continua preso; e do advogado Júlio César Domingues Rodrigues, que está foragido.

Segundo os autos, a Assembleia tinha um crédito a pagar ao banco HSBC no valor de R$ 9 milhões, relativo a um contrato firmado em 1995 com o extinto banco Bamerindus.

O então advogado do HSBC e delator do esquema, Joaquim Mielli Camargo, teria sido procurado pelo também advogado Júlio César Rodrigues, apontado como lobista com forte influência no Governo do Estado e na Assembleia Legislativa.

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