Política Segunda-Feira, 12 de Maio de 2025, 22h:40 | Atualizado:

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OPERAÇÃO POÇO SEM FUNDO

PC descobre "negócios" entre empresas e eleitos em Cuiabá e VG

Investigação terá novas fases; Deccor mantém sigilo de beneficiados

BRENDA CLOSS
Da Redação

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A Operação Poço sem Fundo, conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), para desmantelar um esquema de desvios de R$ 22 milhões em contratos da Companhia Matogrossense de Mineração (Metamat), também investiga a participação de políticos com mandato nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande. Além da má execução dos contratos, a investigação identificou um suposto esquema de favorecimento a empresas por parte de agentes públicos da Metamat, incluindo diretores, fiscais de contrato e servidores responsáveis pelos pagamentos.

Decião que determinou a operação, obtida com absoluta exclusividadade pelo FOLHAMAX, menciona também movimentações financeiras atípicas entre os sócios das empresas contratadas, parentes de diretores da Metamat e políticos eleitos em Cuiabá e Várzea Grande. Os nomes dos eventuais políticos seguem em sigilo.

“A análise das movimentações atípicas indicadas no Relatório de Inteligência Financeira do COAF revelou a existência saques em espécie, de movimentações financeiras entre os sócios das empresas favorecidas no esquema de superfaturamento da contratação da Metamat, entre estes e empresas relacionadas a parentes de ocupantes do cargo de diretor da Metamat [Diretor-Presidente Juliano Boraczynski] e ainda entre estas pessoas jurídicas e ou seus sócios com políticos eleitos no município de Cuiabá e Várzea Grande”, diz trecho da decisão proferida pela juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).

Ainda confomre o documento, auditorias realizadas pela Controladoria-Geral do Estado (CGE) apontaram que, entre os anos de 2020 e 2023, a Metamat firmou 13 contratos com empresas privadas, somando R$ 47,9 milhões, para execução de obras de perfuração de poços artesianos. Entretanto, as obras apresentaram falhas graves como pagamentos em duplicidade, serviços não executados ou entregues de forma parcial, e indícios claros de superfaturamento.

Das 55 obras vistoriadas em novembro de 2024, apenas 20 estavam em operação. Em diversas localidades, foram identificados poços sem funcionalidade, sem caixas d’água, interligação hidráulica ou mesmo padrão de energia.

A fragmentação injustificada das etapas da obra e a ausência de fiscalização adequada contribuíram para o desperdício de recursos públicos. “Os elementos probatórios já colhidos, como os relatórios da CGE, os contratos firmados e as análises financeiras, indicam a necessidade de aprofundar as investigações para identificar todos os envolvidos (diretos e indiretos) e a extensão dos danos causados à Administração Pública”, considerou a magistrada diante dos elementos apresentados e a necessidade de aprofundar as investigações.

 





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