Política Quarta-Feira, 19 de Fevereiro de 2014, 18h:31 | Atualizado:

Quarta-Feira, 19 de Fevereiro de 2014, 18h:31 | Atualizado:

OPERAÇÃO ARARATH

PF acha R$ 126 mi em cheques e notas promissórias nesta quarta

A maioria dos documentos foram achados em factorings de Piran, Mendonça, Agostini e Braga

RAFAEL COSTA
Da Redação

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Uma quantia de R$ 126 milhões em notas promissórias e cheques foi apreendida pela Polícia Federal nesta quarta fase da Operação Ararath, deflagrada na manhã desta quarta-feira (19). No total, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso.

A investigação da PF apura esquema criminoso contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e comércio de sentenças judiciais. A busca e apreensão ainda foi cumprida em outros 24 locais, incluindo aí empresas do Distrito Federal, Goiás e São Paulo.

A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, considerado homem forte do governo do Estado nas gestões de Blairo Maggi e Silval Barbosa, ocupando outros cargos estratégicos como secretário chefe da Casa Civil, presidente da extinta autarquia Agecopa e secretaria da Copa do Mundo. Conforme o FOLHAMAX divulgou em primeira mão ainda foram alvos de busca e apreensão a empresa Concremax, do empresário Jorge Pires, bem como empresas de Valdir Piran, outro renomado empresário de Mato Grosso.

Dados dos relatórios sigilosos da Polícia Federal citam que os locais invadidos pela PF teriam feitos negociações milionárias com empresas ligadas ao empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o "Júnior Mendonça", dono da rede de postos Amazônia e Globo Fomento Mercantil. Além de negociar operações financeiras com "Júnior Mendonça", o empresário Valdir Piran é flagrado em grampos sendo convidado pelo bacharel de Direito, Tiago Dorileo, para um jantar na casa do juiz federal, Julier Sebastião da Silva, que pretende disputar o governo de Mato Grosso neste ano.

De acordo com a Polícia Federal, a maioria dos cheques e promissórias apreendidas foram em empresas de factoring de Fernando Mendonça, Eder Agostini, Sérgio Braga de Campos e Valdir Agostinho Piran. Além deles, a PF ocupou empresas e casas de citados.

ARARATH

Dividida em 4 fases, a Operação Ararath da Polícia Federal já atingiu autoridades como o juiz federal Julier Sebastião da Silva, alvo de mandado de busca e apreensão em seu gabinete e residência. No entanto, todo material apreendido foi liberado pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região. O advogado Gean Castrillon, que presidia o Detran (Departamento Estadual de Trânsito), pediu demissão do cargo após ser encontrada volumosas quantias de dinheiro em sua residência aparentemente sem origem. 

A primeira fase da operação foi realizada em novembro do ano passado para apurar a ocorrência de crimes contra o sistema financeiro. Os investigados usavam factorings como fachadas para fazer empréstimos a pessoas físicas e jurídicas. A base do esquema era uma firma com sede em Várzea Grande que fechou as portas em 2012. Na ocasião, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão.

Entretanto, as empresas não tinham autorização do Banco Central para a concessão de empréstimos e nem para exigir garantias e exercer qualquer atividade de institutição financeira. O dinheiro era movimentado nas contas das factorings e de outras empresas dos integrantes do esquema, entre elas de uma rede de postos de combustíveis de Cuiabá. Em seis anos, foram movimentados mais de R$ 500 milhões, conforme a polícia.

Durante uma das fases da operação, também foram apreendidos documentos na residência do juiz da Primeira Vara Federal de Mato Grosso Julier Sebastião da Silva. No entanto, a Justiça já determinou a devolução dos objetos apreendidos.

LOCAIS EM QUE OS MANDADOS FORAM CUMPRIDOS:

1)Sérgio Leonardo Braga

2)CEC Distribuidora de Combustíveis

3)Transportadora Braga

4)Fernando Mendonça França

5)Vale Formoso Distribuidora LTDA.

6)Confiança PArticipações

7)FL Participações Empresariais

8)Global Securitizadora

9)Global Participações Empresariais

10)Concremax Concreto e Indústria

11)Jorge Pires de Miranda

12)Construtora Todeschini

13)Construtora Coabita

14)Construtora Constil

15)Éder de Agostini

16)Real Administradora de Bens e Serviços

17)Usina Santa Helena-GO

18)Usinas Pantanal - Jaciara e Goiás

19)Destilaria Libra - São José do Rio Preto-SP

20)Piran Fomento Mercantil - Brasília/Cuiabá

21)Piran Participações-Brasília

22)Valdir Agostini Piran

23)Brisa Consultoria

24)Éder Moraes Dias

 

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Comentários (1)

  • Dornele$

    Quinta-Feira, 20 de Fevereiro de 2014, 08h15
  • É mesmo?
    0
    0









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