Semana 7
Relatório divulgado pela Polícia Federal (PF) não questionou a legalidade ou apontou qualquer adulteração ao parecer técnico contratado pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), de transcrição de áudio da conversa mantida entre o ex-secretário de Estado de Indústria, Alan Zanata, e o ex-assessor do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Araújo. A PF deixa claro que há possíveis erros no trabalho elaborado pelo perito Alexandre Perez, no entanto, na sua maioria, estão “sem mudança contextual importante”.
“Com isso, fica claro que não houve a intenção de macular qualquer prova”, observa o advogado Andre Stumpf. O áudio e a transcrição em questão estão com a PF desde setembro do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Malebolge, que investiga suposto pagamento de propina a deputados durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa e que também arrolou o então deputado Emanuel Pinheiro.
"É evidente essa perseguição individualizada ao prefeito, sendo que há outros investigados e só Emanuel aparece como bode expiatório”, questiona Andre Stumpf
Stumpf avalia que o relatório da Polícia Federal não altera em nada o andamento do processo, pois não possui amparo nos fatos. O advogado salienta que Emanuel Pinheiro se tornou o alvo predileto de críticos que usam da sua visibilidade para se promoverem na mídia. “Tentam, de todas as formas, desfazer uma prova que compete apenas ao juiz da causa fazer a análise. Além do mais, é evidente essa perseguição individualizada ao prefeito, sendo que há outros investigados e só Emanuel aparece como bode expiatório”, justifica.
Para ele, o relatório da PF não se constitui em instrumento para qualificar a prova. “Estão reinventando regras, pois a fase de investigação deverá ser legitimada em Juízo conforme determina o rito processual". Andre Stumpf evidencia que a perícia foi realizada por profissional de competência reconhecida no meio jurídico e se trata de instrumento da defesa. “O documento deve ser resguardado de todas as garantias constitucionais inerentes a defesa", completou.
“O relatório tem 1800 páginas e a minha é uma página e meia só, o que já mostra que a verdade está aparecendo”, disse Emanuel Pinheiro
Ao advogado, causou surpresa a Polícia Federal afirmar em um site de notícias da capital “que a transcrição da perícia de Alexandre Perez trouxe trechos que não constam no áudio, bem como trecho importante transcrito de forma possivelmente equivocada”.
Em um dos trechos questionado, a PF afirma que Silvio Araujo disse: “Só isso, só isso. E falei algumas coisas que eu {fiz}. Só. Nada, nada”. Já na transcrição de Alexandre Perez o texto ficou assim: “Só isso, só isso e falei algumas coisas que eu {quis}. Só. Nada, nada”. “Basta fazer uma pesquisa ao dicionário para ver que os dois termos descritos em primeira pessoa não alteram o teor da gravação. Também queremos a verdade”, finalizou Andre Stumpf.
Em relação ao relatório apresentado pela Polícia Federal sobre as investigações da Operação Malebolge, o prefeito Emanuel Pinheiro afirmou que provará sua inocência. “O relatório tem 1800 páginas e a minha é uma página e meia só, o que já mostra que a verdade está aparecendo”, disse.
Carlos
Quinta-Feira, 15 de Fevereiro de 2018, 20h29Alberto Amarilio
Quinta-Feira, 15 de Fevereiro de 2018, 16h35Joaozinho que mora logo ali
Quinta-Feira, 15 de Fevereiro de 2018, 15h28