Política Quinta-Feira, 22 de Novembro de 2018, 12h:46 | Atualizado:

Quinta-Feira, 22 de Novembro de 2018, 12h:46 | Atualizado:

OPERAÇÃO SEM SAÍDA

PF prende sócio de empresa suspeita de pagar propina para políticos de MT

Preso em Londrina, Mauro Laurindo da Silva teria "lavado" dinheiro para narcotraficante "Cabeça Branca"

UOL/REDAÇÃO

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A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta quinta-feira (22) a “Operação Sem Saída”, que visa desarticular a quadrilha do narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, conhecido como "Cabeça Branca" e "embaixador do tráfico". 

Uma das pessoas presas pela operação é o empresário Mauro Laurindo da Silva, sócio da Fama Serviços Administrativos, empresa em Mato Grosso investigada pelo suposto pagamento de propina a políticos e que recebeu repasses de doleiros ligados ao traficante. A ação de hoje mira um patrimônio avaliado em R$ 100 milhões. 

Cabeça Branca é apontado como um dos maiores traficantes da América do Sul. Mais de cem agentes cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão no Paraná e em Mato Grosso.  

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Silva.

A operação desta quarta-feira é um desdobramento das operações Spectrum e Efeito Dominó, que investigam a organização criminosa liderada por Cabeça Branca. Ela foi coordenada pelo Gise (Grupo de Investigações Sensíveis) da PF de Londrina.

Para o delegado Elvis Secco, um dos coordenadores da operação, o foco nas estruturas financeiras do tráfico de drogas deverá ser o padrão durante a gestão do futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

 "Temos a intenção de que [com o novo comando] toda a PF, tanto as unidades especiais quanto as que trabalham com o tráfico de drogas, tenham como modelo as investigações. Direcionar sempre na questão patrimonial", afirmou. 

O foco nos crimes de lavagem de dinheiro praticados por facções criminosas foi mencionado por Moro em entrevista coletiva na última terça-feira (20). Cabeça Branca foi preso em 2017 e, desde então, a PF tem concentrado suas investigações na estrutura financeira utilizada pelo traficante para lavar o dinheiro oriundo do comércio de drogas.

De acordo com as investigações, ele fornecia droga produzida no Paraguai e na Bolívia para as principais facções criminosas do país e para o exterior. A operação desta quarta-feira tem como foco as atividades de tráfico e lavagem de dinheiro.  

Em maio deste ano, a PF prendeu sete doleiros suspeitos de terem atuado para Cabeça Branca. À época, a PF afirmou que havia fortes indícios de que parte do dinheiro lavado por Cabeça Branca via doleiros poderia ter abastecido o pagamento de propina de políticos. 

Foco em empresa suspeita de repassar dinheiro a políticos

A prisão de Mauro Laurindo da Silva foi confirmada ao UOL por uma fonte ligada à investigação. Ele foi preso em Londrina. Em agosto deste ano, a reportagem do UOL adiantou que a empresa havia entrado no radar da PF. 

Os investigadores constataram que a empresa recebeu R$ 238 mil em depósitos feitos pelo doleiro Carlos Alexandre da Rocha, o Ceará, a pedido de Cabeça Branca. Desde então, a PF passou a investigar as relações entre o traficante e empresa. A partir de então, a empresa, que já vinha sendo investigada por autoridades locais pela suposta distribuição de propina a políticos de Mato Grosso, passou a ser também alvo de investigações para apurar suas ligações com o narcotráfico. 

À época, Laurindo disse que não conhecia os depósitos identificados pela PF e que não tinha relação com Cabeça Branca. A ligação entre Cabeça Branca e o estado de Mato Grosso vai além dos depósitos feitos à Fama Serviços Administrativos. Em abril deste ano, Cabeça Branca foi condenado a cinco anos e dois meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro praticado para a compra de uma fazenda no interior do estado.

A Fama Serviços Administrativos é uma das investigadas na “Operação Bereré”, que apura fraudes no Detran de Mato Grosso, e também na “Operação Ventríloquo”, responsável por investigar desvio de R$ 9,5 milhões na Assembleia Legislativa. Nos dois casos, ela teria agido para “lavar” os recursos desviados dos cofres públicos.

A PF afirma que o traficante usava propriedades rurais próximas ao Paraguai e à Bolívia para receber a mercadoria em voos clandestinos. Depois de descarregada, a droga era então transportada em caminhões em direção a galpões em São Paulo.

OUTROS ALVOS

O ex-prefeito de Brasnorte, Eudes Tarciso de Aguiar (DEM), e seu irmão Alessandro Rogério de Aguiar, também foram alvos da operação. Proprietários de madeireira na região Médio Norte, eles teriam ajudado “Cabeça Branca” a lavar parte do dinheiro do narcotráfico.

Durante cumprimento de mandado em endereços ligados ao ex-prefeito em Cuiabá, policiais federais descobriram uma “rinha de galo”.

 





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Comentários (2)

  • Anselmo

    Quinta-Feira, 22 de Novembro de 2018, 14h14
  • Qual a diferença do UFC de rinha de galo pra mim tinha que banir ambos
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  • Eu ja sabia

    Quinta-Feira, 22 de Novembro de 2018, 13h50
  • Primos do Oscar e da Luciane , ja passou da hr de prender este ai e a mulher dele Fatima que vivia vendendo liberacoes do intermat qd a Luciane era secretaria
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