Pivetta nega federação entre Republicanos e MDB e alfineta PP e União

 

O governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), negou qualquer possibilidade de formação de federação entre o seu partido e o MDB, no âmbito estadual ou nacional. A declaração ocorre em meio às discussões que têm movimentado os bastidores da política mato-grossense e de Brasília sobre alianças e composições visando as eleições de 2026.

A negativa vem no momento em que o próprio Pivetta se consolida como pré-candidato ao governo do Estado, com o apoio do Republicanos para suceder Mauro Mendes (UB), que caminha para o fim do seu segundo mandato. “Não tenho acompanhado, não sei. Não, não existe federação nenhuma”, enfatizou ao ser questionado na manhã desta segunda-feira (16) sobre a possível união para a próxima eleição.

Pivetta ainda aproveitou para alfinetar a articulação nacional que busca formalizar uma federação entre União Brasil e Progressistas (PP), que desde 2023 é tratada como a “primeira grande federação de centro-direita do país”. Segundo ele, até hoje esse arranjo não se concretizou juridicamente. “Nem a federação que foi anunciada, a primeira grande federação que foi anunciada, não está formalizada até hoje”, disparou.

A especulação sobre uma federação entre Republicanos e MDB também esbarra nas realidades locais. Em Mato Grosso, os dois partidos têm trajetórias distintas e nem sempre caminharam juntos em disputas municipais. Nome consolidado na base do governo, Pivetta articula sua candidatura ao governo estadual em 2026, carregando o apoio do Republicanos e tentando construir uma frente ampla de centro-direita.

Contudo, ele também enfrenta movimentos internos e externos, como o próprio avanço das negociações da federação União-PP e a possível reacomodação de forças que ela pode provocar. No plano nacional, lideranças do MDB, Republicanos e outros partidos de centro têm mantido conversas, mas, até o momento, sem avanço formal sobre qualquer federação, diferentemente do que se observa nos campos da esquerda, onde PT, PV e PCdoB mantêm federação desde 2022.