O senador Pedro Taques (PDT) se comprometeu perante a bancada de deputados estaduais do PR de que no prazo de 10 dias dará uma resposta em relação à possibilidade de o partido apoiá-lo na disputa ao governo do Estado em troca do apoio a candidatura ao Senado do deputado federal Welington Fagundes (PR). Durante a reunião que ocorreu na noite de segunda-feira (5) na casa do presidente do diretório estadual do PSB, prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), os parlamentares do PR deixaram claro que para apoiar Taques ao governo do Estado é exigida uma aliança na chapa proporcional com o PDT e PSB, o que ainda depende de avaliação da cúpula pedetista.
O PP, outro partido da base aliada que sinaliza apoio a Taques, deseja firmar aliança com PSDB-DEM e PPS. A revelação deste pré-acordo foi feita na manhã desta quarta-feira (7) pelo deputado estadual Wagner Ramos (PR).
O parlamentar assegura que até o momento o PR não fechou acordo político algum, o que contraria o discurso adotado pelo prefeito Mauro Mendes de que dá como certa a aliança da oposição com os republicanos. “Até o momento, não há definição alguma de aliança. Nós apresentamos nossas exigências e vamos aguardar o prazo de 10 dias dado pelo senador Pedro Taques. Foi a primeira vez que a bancada conversou diretamente com o Taques. É muito prematuro falar em definição agora”, disse.
Questionado a respeito de como a bancada do PR avalia a possibilidade de migrar para a oposição, o deputado Wagner Ramos preferiu não citar ninguém nominalmente, mas revela que a bancada está dividida. “Não posso falar por ninguém, mas é evidente que a bancada está meio a meio”, ressalta.
O PR é o principal partido da base aliada ocupando cargos estratégicos como Secretaria de Transportes, Casa Civil, Secopa e a Secretaria de Industria e Comércio, mesmo ocupada pelo peemedebista Alan Zanata, é uma indicação dos republicanos. No Detran (Departamento Estadual de Trânsito), a autarquia é influenciada pelo deputado estadual Mauro Savi, uma das principais lideranças do PR em Mato Grosso.
A aliança do PDT com o PR pode afastar o DEM do projeto pró-Taques e formar uma reviravolta no grupo político com o senador democrata Jayme Campos ameaçando, nos bastidores, ser candidato ao governo do Estado formando o que classifica de “terceira via”.
Chico
Quarta-Feira, 07 de Maio de 2014, 15h19