O Partido da República (PR), em Mato Grosso, poderá ter dois candidatos na chapa majoritária, nas eleições deste ano. O grupo da base governista almeja que o ex-governador, hoje senador, Blairo Maggi (PR), seja o candidato a sucessão Silval Barbosa (PMDB). Apesar do republicano já ter descartado inúmeras vezes, os partidos aliados ainda insistem e até pressionam Maggi para entrar na disputa. Por outro lado, o deputado federal e presidente da legenda, Wellington Fagundes, vem trabalhando seu nome para se lançar ao Senado.
Nesse contexto, o secretário geral da sigla, deputado estadual, Emanuel Pinheiro disse que a possível candidatura de Maggi não está sendo lançada pelo partido e ressaltou que é um desejo das demais legendas que compõem o arco de aliança. Ou seja, não contará como duas candidaturas, pois segundo ele, apenas a de Fagundes foi lançada oficialmente pelo PR.
Mas não é o que os partidos da base podem entender, uma vez que o arco hoje conta com conta com 12 legendas (PMDB, PT, PR, PSD, PP, PCdoB, PROS, PRB, PSC, PTC, PSL e PEN). Neste caso, cada um “briga” por uma vaga na majoritária, e com Maggi encabeçando a chapa e Fagundes ao Senado, sobrariam apenas as vagas a vice e suplentes.
“O PR não apresentou o Blairo, a legenda apresentou o Wellington ao Senado. A candidatura de Wellington está consolidada e a de Blairo é um desejo do grupo. Claro, que o PR o quer como candidato ao governo do Estado, mas o nome dele é o anseio da própria base”.
Acontece que após as pressões, o senador começou a repensar sobre sua postura e pediu um tempo para se decidir. Mesmo com a “indecisão”, há quem garante que Maggi é candidato e que esta é a forma dele fazer política. Em 2002, ele negava que entraria na disputa ao Palácio Paiaguás. Em 2006, também descartou que iria a reeleição. Em 2010, negou veemente que não disputaria o Senado.