Bancos quebrados, falta de iluminação, sujeira e insegurança. Essa é a realidade de algumas praças localizadas na área central de Cuiabá.

A situação incomoda os moradores que são obrigados a conviver com os espaços mal conservados e sem previsão para reforma. Na Capital existem 79 praças.

Destas, 15 passarão por reforma ainda este ano. As outras não estão dentro da previsão orçamentária e a população vai ter que esperar.

Localizada próximo à avenida São Sebastião, uma das mais movimentadas da cidade, a Praça do Quilombo sofre com a falta de manutenção e os moradores do bairro reclamam sobre os problemas enfrentados, especialmente relacionados à segurança. Anita Maria Silva Louzada, 49, reside próximo ao espaço público, e relata que a falta de iluminação faz com que vários usuários de drogas ocupem os bancos e se escondam entre as árvores.

Ela conta que trabalha à noite e precisa atravessar a praça para chegar em casa e garante não ter medo, mas entende que a situação poderia ser bem diferente se o ambiente fosse preservado e recebesse cuidados adequados. Menos confiante, a filha de Anita, a estudante Ana Alice Silva Louzada, 14, não tem coragem de passar pelo meio da praça para ir à escola e precisa dar a volta, o que aumenta o trajeto percorrido diariamente.

Para a adolescente, o abandono é prejudicial para os moradores, que poderiam usar a praça nos momentos de lazer. Recorda que em 2010 prometeram revitalizar o espaço público, o que nunca aconteceu. “Podia ter parque, campo de futebol, um monte de coisa. Mas não tem nada e o que tem está estragado. Mal limpam e ainda assim não recolhem o mato, só roçam e deixam a sujeira toda no mesmo lugar”.

A Praça do Quilombo é uma das maiores de Cuiabá e não conta com iluminação adequada, o pavimento do passeio está quebrado, no antigo campo de futebol resta apenas uma das traves e o terreno ficou completamente irregular, impossibilitando o uso. Lixo e sujeira também é uma realidade da Praça do Araés, localizada entre a avenida Desembargador de Mesquita e rua Alírio Hugney de Matos, onde são despejados até mesmo restos de eletrodomésticos.