Prédio da Câmara coleciona remendo em Cuiabá

 

Tomado à força do governo do Estado, o prédio Palácio Paschoal Moreira Cabral abriga a Câmara dos Vereadores há 18 anos. Construído na década de 1970 para comportar as instalações da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o local hoje possui uma estrutura deteriorada aos 25 parlamentares, aos funcionários e à população. Rachaduras, infiltrações, problema de acessibilidade, falta de espaço e goteiras são alguns dos problemas visíveis e relatados aos servidores.  

O espaço foi construído no antigo Campo D’Ourique e inaugurado em 15 de agosto de 1972. O prédio foi a casa do parlamento estadual por 33 anos e, durante as três décadas, o local foi intitulado de Palácio Filinto Müller. No entanto, em 2005, os deputados estaduais da época conseguiram, com o apoio do governo do Estado, finalizar a construção de uma nova sede, desta vez, no Centro Político Administrativo (CPA), que passou a ser chamado Palácio Dante Martins de Oliveira, a nova casa da ALMT.  

Ao ver que parlamentares se mudaram para um espaço mais amplo e com um endereço privilegiado, os vereadores da época, quando o parlamento era presidido por Chica Nunes, pediram ao então governador Blairo Maggi que entregasse o prédio aos vereadores. No primeiro momento, o chefe do Executivo negou. Sendo assim, os vereadores resolveram ocupar o prédio. Após longos embates, o Executivo cedeu e o passou a ser Câmara de Cuiabá.

No entanto, o prédio nunca passou por reformas consideráveis e diante da sua estrutura antiga é possível ver problemas desde a entrada até o plenário da Casa de Leis. A reportagem do Jornal A Gazeta foi ao local e deparou com várias falhas na arquitetura como problemas básicos como interruptores quebrados, fios elétricos expostos, rachaduras no teto, problemas de instalações, pinturas não finalizadas e infiltrações. Também há dificuldades para que pessoas com deficiência tenham acesso à galeria, no encanamento e na cobertura da Casa de Leis.  

“É um prédio antigo, um prédio onde funcionou a Assembleia Legislativa, um prédio onde está funcionando a Câmara há 18 anos. Nós temos problemas sérios em relação à cobertura, um telhado que infelizmente não para de vazar água. O prédio está subutilizado, temos algumas salas fechadas, temos um custo de manutenção elevado em razão de ser um prédio antigo”, disse o presidente da Câmara dos Vereadores de Cuiabá, Chico 2000 (PL).  

Ele explicou que o seu grande legado é deixar um projeto pronto para a nova sede da Câmara Municipal de Cuiabá. “Nós continuamos com o nosso propósito de iniciar a construção de uma nova sede. No entanto, para que seja possível concluirmos precisamos ter definido por parte do Executivo qual área ele estará nos cedendo. Nós temos três áreas vistoriadas, mas dependemos da liberação de uma por parte do Executivo, que nos responderia, mas em razão dos problemas ocorridos na cidades, intervenção, o foco acabou sendo desviado”, concluiu o vereador.