Após paralisação de ônibus da região sul na última semana, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), enfatizou que o problema foi entre empresa e funcionários e não por questões administrativas com a prefeitura. Em entrevista à imprensa, Emanuel explicou que a frota paralisada correspondia a 20% dos ônibus da Capital.

“Nós nunca tivemos paralisação, ou greve, sou o único prefeito da história que a sociedade não ficou penalizada com a paralisação do serviço público ou com uma greve. Esse problema que tivemos, em que os transporte coletivo ficou paralisado por 3 horas, foi devido a um problema de uma empresa que atua na região sul, que atende alguns bairros da grande Coxipó. A empresa Caribus, que corresponde a 20% do transporte coletivo de Cuiabá, teve um problema de gestão”, relatou.

Emanuel reiterou que a situação não afetou outras linhas que atendem o transporte coletivo. "As outras duas empresas, que correspondem cerca de 80% do transporte coletivo de Cuiabá, trabalharam normalmente, mostrando que não é um problema de gestão municipal e sim um problema da empresa", continuou. 

Em nota, a empresa Caribus, responsável pelas linhas CPA, Pedra 90 e Osmar Cabral, informou que o atraso no pagamento dos benefícios estava diretamente relacionado à falta de repasses adequados e insuficientes, por parte da Prefeitura de Cuiabá.

O emedebista também explicou sobre a dívida da prefeitura com o transporte público, que gira em todo de R$ 200 milhões, acumulada de gestões passadas, devido ao uso do passe livre.

“O deficit do transporte público é em relação à gratuidade, que é a prefeitura que tem que pagar. Se fosse para cobrar a tarifa, que é a tarifa técnica pela realidade do sistema, ela seria de R$ 8,40, o que é impossível. Então a realidade é essa, a tarifa técnica é R$ 8,50 e a tarifa pública é R$ 4,95, essa diferença que tem que ser subsidiada.”