Política Quinta-Feira, 27 de Março de 2025, 15h:35 | Atualizado:

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CORRUPÇÃO NA TRIBO

Prefeito usou ‘testa de ferro’ para comprar votos de índios, afirma MP

MP defende avanço da ação que pode cassar mandato de prefeito reeleito

BRENDA CLOSS
Da Redação

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frangos congelados, brasnorte

 

A promotora Roberta Câmara Gomes Vieira de Sousa, do Ministério Público Eleitoral (MPE), apresentou réplica às contestações numa ação que investiga suposto esquema de compra de votos de indígenas envolvendo o prefeito reeleito de Brasnorte, Edelo Ferrari (UB) e o vereador Gilmar Celso Gonçalves (UB). Ela pediu o prosseguimento do processo para que seja audiência de instrução a fim de ouvir testemunhas para produção do provas nos autos. 

Edelo foi reeleito de forma apertada com uma diferença de apenas 155 votos. Ele obteve 4.634 votos (50,85% dos válidos) contra 4.479 (49,15% dos válidos) do delegado Eric Fantin (PL), que recentemente foi exonerado do cargo pelo governador Mauro Mendes (UB) por incompatibilidade de cargo, visto que respondia a várias sindicâncias internas na Polícia Civil.

A promotora sustenta que o servidor Rogério Gonçalves atuou como "testa de ferro" de Edelo Ferrari (candidato a cargo majoritário) e Gilmar Celso Gonçalves (candidato a vereador), sendo o responsável por angariar votos na aldeia Enawenê-Nawê, onde teria distribuído dinheiro, combustível e frangos congelados em troca de apoio eleitoral.

A ação, movida em conjunto com uma representação por captação ilícita de sufrágio, também aponta condutas como transporte irregular de eleitores e aliciamento de indígenas para transferência de domicílio eleitoral. O MPE pede a cassação dos registros ou diplomas dos acusados, multa de R$ 53.205 e inelegibilidade por oito anos.

Segundo o MPE, Rogério Gonçalves era o elo entre os candidatos e a comunidade indígena. A promotoria afirma que as provas – incluindo imagens e publicações em redes sociais – demonstram a proximidade de Edelo e Gilmar com Rogério, que supostamente coordenou a distribuição de benefícios. "Edelo possuía forte ligação com Gilmar, sendo um de seus principais aliados na Câmara de Vereadores e peça-chave na comunicação com os indígenas", destacou a promotora.

Na defesa, Edelo e Roseli Borges de Araújo Gonçalves (vice na chapa majoritária) alegaram ilegitimidade passiva, argumentando não haver provas diretas de seu envolvimento. O MPE, porém, citou jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reforçar que a compra de votos por terceiros não exige ação direta do candidato, desde que haja vínculo comprovado.

Quanto à Coligação "Coragem Para Mudar", habilitada como assistente no processo, o MPE rejeitou a tese de ilegitimidade, destacando que coligações têm direito a atuar em ações eleitorais para garantir a lisura do pleito. Diante disso, a promotora pediu o prosseguimento do feito e a designação de audiência de instrução, debates e julgamento.

“Ante o exposto, o Ministério Público requer sejam afastadas as teses preliminares suscitadas e, considerando que tanto o autor quanto os representados apresentaram rol de testemunhas, em homenagem aos princípios do devido processo legal, ampla defesa e contraditório, e a fim de evitar a arguição de cerceamento de defesa, requer seja designada audiência de instrução, debates e julgamento, conforme preceitua o art. 22, inciso V, da Lei Complementar nº 64/90”. 





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Comentários (4)

  • Douglas Porto

    Quinta-Feira, 27 de Março de 2025, 23h15
  • Vou contar tudo kkkkkkkkk
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  • João

    Quinta-Feira, 27 de Março de 2025, 23h14
  • Pelo bem de Brasnorte Edulo fora já? Meu Deus se cassar Edulo entra Carrerinha Triste fim para uma cidade tão boa
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  • Edson

    Quinta-Feira, 27 de Março de 2025, 23h11
  • Esse prefeito mandou metade da cidade embora agora ele que acabará indo kkkkk
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  • Manoel

    Quinta-Feira, 27 de Março de 2025, 18h15
  • Brasmorte. Só tem gente boa aí.
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