Acusado pela polícia de ser o financiador do grupo criminoso intitulado Comando C4 – ou Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos -, investigado pelo assassinato do advogado Roberto Zampieri em Cuiabá (MT), em 2023, o coronel da reserva do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas é colega de Jair Bolsonaro (PL) na turma 1977 da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e assinou, em 2020, uma carta de apoio ao ex-presidente junto a outros ex-alunos da escola militar.
Caçadini entrou para a reserva em novembro de 2019, mas antes disso atuou no então "super" Ministério da Justiça, sob o comando do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR). O militar também é acusado de ligação com os atos golpistas do 8 de Janeiro. Classificado como "lobista dos tribunais", Caçadini tentou se livrar do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), de relatoria de Alexandre de Moraes, pedindo para ser julgado pelo Supremo Tribunal Militar (STM), alegando "animosidade entre as Forças Armadas e os Poderes Constitucionais".
Na ação, o coronel é acusado de "incitar a desobediência e a indisciplina militar, ao propalar fatos capazes de ofender a dignidade das Forças Armadas e ao imputar ao comandante do Exército fato ofensivo à sua reputação". O caso chegou a tramitar na Justiça Militar, mas foi devolvido ao STF porque os crimes "teriam sido praticadas no contexto" dos atos golpistas do 8 de Janeiro.
A decisão de subir o caso ao Supremo atendeu um pedido do Ministério Público Militar, que argumentou que as condutas do coronel reformado "teriam sido praticadas no contexto dos fatos ocorridos no dia '8 de janeiro de 2023', após o pleito eleitoral de 2022, indicando conotação político-ideológica".
Segundo dados do Portal Transparência, do governo federal, o coronel realizou quatro viagens entre março e setembro de 2019 a serviço do Ministério da Justiça. Na última delas, Caçadini votou de Belo Horizonte, onde estava lotado, para Vitória, no Espírito Santo, para treinar outros militares que atuariam na operação de segurança do Mundial Sub 17 da Fifa.
Nessa época, ele chegou a atuar como Subsecretário de Integração de Segurança Pública da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais (SESP), fazendo a ponte entre os governos estadual, de Romeu Zema (Novo), e federal, de Bolsonaro. Caçadini foi um dos alvos da operação desencadeada pela Polícia Federal, autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, que desmantelou o grupo criminoso que assassinou Roberto Zampieri com 10 tiros em frente a seu escritório de advocacia em dezembro de 2023 em Cuiabá.
Ele já havia sido preso um mês depois, em janeiro de 2024, suspeito de ser o financiador do Comando de Caça aos Comunistas - homônimo do grupo que atuava clandestinamente na Ditadura Militar - que reúne outros militares da reserva.
nelson
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