Política Sexta-Feira, 13 de Abril de 2018, 11h:16 | Atualizado:

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OPERAÇÃO ENCILHAMENTO

Previvag perdeu mais de R$ 2 milhões com fundos

 

CELLY SILVA
Gazeta Digital

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VG Notícias

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Entre os anos de 2013 e 2014, ainda na gestão do ex-prefeito Wallace Guimarães, o Instituto de Seguridade Social dos Servidores Municipais de Várzea Grande (Previvag), perdeu mais de R$ 2 milhões dos R$ 8 milhões que investiu em fundos de pensões ligados ao Postalis (Instituto de Previdência Complementar) e ao Serpros, ambas investigadas pela Polícia Federal, que deflagrou na quinta-feira (12) a operação Encilhamento, que apura fraudes na aplicação de recursos de institutos de previdência municipais em fundos de investimentos sem lastro.

A informação foi confirmada ao Gazeta Digital pelo presidente do Previvag, Juarez Toledo Pizza. “Nós temos já contabilizado alguma perda por conta dessas aplicações. Isso é coisa física já contabilizada. Agora, o levantamento disso a Polícia Federal que está fazendo pra declarar isso como crime, como qualquer coisa, aí a gente vai tomar as providências também”, afirmou, dizendo que o instituto poderá entrar na Justiça para reaver o dano.

A Previvag, bem como o Instituto de Previdência Social dos Servidores de Rondonópolis (Impro), foram os local em Mato Grosso em que agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos. Foram levados contratos e apólices de aplicações, que serão analisados para comprovar ou não a fraude.

Ele explica que o Previvag funciona com a arrecadação da contribuição de 4,3 mil servidores e do Município e que esse dinheiro é aplicado em fundos oferecidos por bancos públicos (que são mais seguros) para gerar rendimentos, que viabilizarão, no futuro, os pagamentos dos atuais 900 aposentados. Além disso, o instituto permite que 20% do seu capital sejam aplicados em fundos de maior risco e que, por conseguinte, oferecem maior rentabilidade. “Nessa brecha, acabam entrando os outros fundos, oferecendo sempre condições melhores e, aí, a gestão do instituto, na época, avaliou que podia aplicar. Aplicaram e acabou sendo uma gestão de risco”.

Segundo Juarez, desde que foi constatada a perda ocorrida na gestão anterior, o Previvag tomou medidas para dar mais transparência às movimentações. “Nós temos representantes dos servidores que acompanham toda essa movimentação hoje, com uma segurança total. Tendo em vista essas situações que o instituto passou, hoje o cuidado é redobrado pra gente não ter mais perda”, afirmou.

Em Rondonópolis (212 Km ao Sul de Cuiabá), o Instituto de Previdência Social dos Servidores (Impro) também foi alvo da operação da PF. Na sede da entidade, 2 agentes, um delegado, um escrivão e um perito, acompanhados de um auditor da Receita da Previdência Social passaram toda a manhã de quinta-feira buscando documentos referentes aos anos de 2012 a 2016, também da gestão anterior.

O Gazeta Digital tentou contato com algum representante do instituto, mas sem sucesso. Por meio de nota, o Impro destacou que sua diretoria está aberta para prestar informações aos servidores públicos municipais e órgãos fiscalizadores e que preza pela transparência de seus investimentos. “Atualmente, o IMPRO é classificado como um dos Regimes Próprios de Previdência Social em melhor situação de financeira de Mato Grosso. Em pouco mais de dois anos, o patrimônio líquido do Instituto saltou de R$ 119 milhões para mais de R$ 215 milhões. O aumento é superior a 80%”, diz trecho da nota.

 

NOTA

O Instituto de Previdência Social dos Servidores de Rondonópolis – MT (IMPRO) vem a público para esclarecimentos sobre a operação da Polícia Federal, desencadeada em todo o Brasil.

Durante toda a manhã de quinta-feira (12) 5 policiais federais (1 delegado, 2 agentes, 1 escrivão, 1 perito) acompanhados de um auditor da Receita da Previdência Social estiveram na sede do IMPRO, buscando documentos referentes ao período de 2012 a 2016 (gestão anterior), relativos a ligações com fundos de investimentos que supostamente deram prejuízos para instituições financeiras.

O IMPRO frisa que a movimentação policial não tem referência com qualquer servidor do Instituto. A operação da Policia Federal não teve, mandatos de prisão e sem indiciamento.

Estão sendo investigados, até o momento, 13 fundos de investimentos de todo o país. 

A direção do IMPRO reitera que está aberta para prestar informações para todos os servidores públicos municipais e qualquer órgão fiscalizador.

Uma das marcas da atual diretoria é a transparência em todos os serviços e investimentos.

Atualmente, o IMPRO é classificado como um dos Regimes Próprios de Previdência Social em melhor situação de financeira de Mato Grosso. Em pouco mais de dois anos, o patrimônio líquido do Instituto saltou de R$ 119 milhões para mais de R$ 215 milhões. O aumento é superior a 80%. 





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