Com passos discretos, o PP ainda se mobiliza para indicar o candidato a vice-governador na chapa ao Palácio Paiaguás encabeçada pelo senador Pedro Taques (PDT). O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, é o mais cotado. O progressista deve se licenciar na próxima sexta-feira (16) do comando da associação.
Taques havia convidado o empresário Eraí Maggi (PP) para ocupar o posto. Porém, o progressista teria recusado o convite. As articulações para que o PP assuma a vaga, no entanto, não teriam sido encerradas. A costura do senador agora tem sido diretamente com o presidente estadual do PP, deputado Ezequiel Fonseca.
Mesmo não tendo participado da reunião realizada no apartamento de Taques nesta segunda-feira (12), os progressistas teriam mandado recado de que estão mesmo com senador. Conforme o porta-voz do grupo de oposição, o prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), Ezequiel já deu garantias de que trabalha no interior pela campanha do pedetista.
Enquanto o PP entra para o grupo de oposição, o PR perde espaço. A maioria dos líderes que participaram do encontro na segunda-feira se manifestou contrária à ideia de que os republicanos façam a indicação do candidato a senador na chapa.
Uma das posições mais firmes neste sentido é a do próprio presidente do PDT, o deputado Zeca Viana, que tem reiterado que a aliança com o PR pode não ser benéfica para o grupo.
O deputado federal Júlio Campos (DEM) é outro que condena a composição. Aliado do PR até 2010, o democrata é contra as imposições feitas pela legenda republicana para caminhar com a oposição.
A reunião, no entanto, atingiu o consenso de que o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), tem legitimidade para continuar as tratativas com os republicanos, atraindo a legenda para o bloco, desde que não haja qualquer tipo de imposição.
O grupo ainda deu um ultimato aos republicanos. A chapa de Taques deve ser definida até o dia 26 deste mês, portanto o PR tem 12 dias para decidir de que lado deve estar no pleito de outubro.
SENADO
Mesmo tendo rejeitado a indicação do presidente do PR, deputado Wellington Fagundes, a candidato ao Senado, as legenda da oposição preferiram não lançar, ainda, a candidatura do senador Jayme Campos (DEM) à reeleição.
Segundo Pivetta, dois fatos novos contribuíram para a decisão: a adesão ao grupo do PTB, que pleiteia a indicação da ex-senadora Serys Slhessarenko ao posto; e subida do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) nas pesquisas eleitorais à Presidência da República. Estes novos números teriam dado forças para que os tucanos indiquem o presidente da legenda em Mato Grosso, deputado federal Nilson Leitão, a uma possível candidatura ao Senado.