PSDB lidera ranking de crimes eleitorais; veja ranking de MT

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) é a sigla que respondeu ao maior número de ações por crimes eleitorais em Mato Grosso em 2016, ano da última eleição. Os dados são do Sistema de Registro de Ocorrências Penais (Sirope), anunciado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) nesta semana.  

O Sirope cruza dados internos do tribunal e apresenta relatórios sobre o andamento de ações criminais. Até o momento, só há dados das duas últimas eleições (2016 e 2014) e o sistema só pode ser consultado na sede da Corte ou por servidores do órgão. A previsão é que as consultas sejam abertas para os cidadãos depois das eleições.   

Além do PSDB, outros 25 partidos respondem a processos por crimes eleitorais, conforme o sistema. O segundo com mais ações é o Partido Socialista Brasileira (PSB), com 28 processos, seguido do Partido da República (PR), com 25.   

O MDB, que em 2015 amargou a prisão do ex-governador Silval Barbosa (hoje desfiliado), acusado de corrupção, mas em processos que não tratavam de crimes eleitorais, tem 23 ações.  

Completam a lista dos 10 primeiros colocados no ranking o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Social Cristão (PSC), ambos com 21 processos, seguidos do Democratas (DEM), que soma 15.   

Os números do Sirope quanto às eleições gerais de 2014, quando Pedro Taques (PSDB) venceu a disputa ao governo do Estado, apontam o PSD com 14 ações por crimes eleitorais. Na época, o partido era presidido e tinha como candidato ao governo do Estado o ex-deputado José Riva, substituído durante a campanha por Janete Riva, sua esposa. PROS e PPS responderam, cada um, a 9 processos daquele ano.  

Os dados estatísticos apresentados pelo TRE-MT mostram também os motivos dos crimes eleitorais mais cometidos nestes dois últimos pleitos. Segundo relatório apresentado pelo tribunal, a maioria deles é por “boca de urna”, propaganda irregular realizada no dia das eleições. Ao todo, há 352 processos do tipo na Corte.    

A compra de votos é o segundo maior problema. O Estado conta com 332 processos que acusam coligações e candidatos de oferecerem dinheiro ou qualquer vantagem em troca de voto. O Sirope também registra 146 processos por desobediência a ordens judiciais.   

Entre as cidades com o maior número de ações protocoladas estão Cuiabá, Sinop e Barra do Garças, respectivamente. A capital mato-grossense tem 481 processos por crimes eleitorais. Sinop conta com 178 casos e Barra do Garças com 169. 

Sorriso está em quarto lugar, registra 153 casos, e Várzea Grande, 146. Cidades como Arenápolis, Rondonópolis, Cáceres, Diamantino e Rosário Oeste registraram de 130 a 92 processos, respectivamente.   

A reportagem tentou, sem sucesso, contato com o PSDB em Mato Grosso para comentar o assunto.