O PTB lançou nesta sexta-feira o ex-diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Logística), Luiz Antonio Pagot, como pré-candidato ao Governo do Estado. Pagot desponta como uma terceira via ao projeto governista, que reúne nove partidos, mas sem candidato definido e a oposição liderada pelo senador Pedro Taques (PDT), pré-candidato ao Governo.
"Hoje, a disputa está restrita a dois grupos, que querem praticamente homologar a eleição", disse Pagot em entrevista coletiva concedida no Hotel Paiaguás. Todavia, ele assegurou que a sua candidatura ainda está sendo construída em busca de um projeto de desenvolvimentos nos principais setores do Estado. "O PTB pode liderar ou pode ser liderado, desde que seja por um projeto para termos um Mato Grosso melhor", assinalou.
O projeto de Pagot conta com apoio das principais lideranças da legenda no Estado, como o ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo. Ele disse que, com a definição interna avalizando a pré-candidatura de Pagot, o partido irá buscar dialogar com outras legendas a fim de construir um arco de alianças. "A partir de hoje vamos diálogar com as legendas", frisou, confirmando que o alvo são partidos de oposição, como DEM, PSDB e o PV.
Galindo, porém, afirmou que o PTB pode declinar caso construa um arco de alianças onde um partido apresente um melhor projeto. "Temos um grande nome e vamos trabalhar com ele. Mas se um partido aparecer com a proposta de um Governo melhor, avançando na Educação, na Sáude, nós poderemos acompanhar".
SENADO
Galindo disse que o partido, caso não consiga nenhum aliado, pode disputar a eleição com chapa pura. Neste caso, a ex-senadora Serys Marli (PTB) concorreria a uma vaga a senatória.
Ele admitiu que o projeto inicial do partido era viabilizar a candidatura da ex-petista ao Senado na chapa de oposição, liderada por Pedro Taques. Contudo, a demora na definição mudou os rumos da legenda, que agora trabalha na construção da terceira via. "É bom deixar claro que não recebemos um 'não'. O que ocorreu foi uma demora na definição e o PTB quer agilidade. E, nessa demora, encontramos a possibilidade de uma candidatura ao Governo", destacou.
Evaldo Benedito Silva
Sexta-Feira, 04 de Abril de 2014, 15h43