Júnior Mendonça e Éder Moraes: delação premiada e documentos embasam PF
As investigações da Polícia Federal baseadas no depoimento do empresário Junior Mendonça, indicam que Eder Moraes, no papel de secretário de Estado de Fazenda, atuava como cabeça do esquema milionário de lavagem de dinheiro em Mato Grosso. Conforme documentação obtida com exclusividade pelo FOLHAMAX, Eder Moraes agia com total conhecimento de Blairo Maggi, a época governador do Estado, e Silval Barbosa (PMDB), atual governador do Estado.
Toda a quantia milionária de dinheiro emprestado saía do Bicbanco, do qual José Bezerra de Meneses, conhecido como “Binho” e presidente nacional da instituição, ordenou ao superintendente da instituição bancária, que “atendesse a todas necessidades financeiras de Eder Moraes”. A partir daí, a empresa Amazônia Petróleo, de propriedade do empresário Junior Mendonça, conseguia empréstimos financeiros milionários articulados por Eder Moraes que tinha a função de montar uma simulação para aparentar legalidade.
Somente no período de outubro de 2009 a fevereiro de 2011 a quantia de R$ 15 milhões foi extraída do BIC Banco usando a Amazônia Petróleo para conseguir a liberação financeira. O primeiro empréstimo atingiu a soma de R$ 3 milhões e Eder Moraes alegava que precisava da quantia do dinheiro para abastecer “o sistema”. Tal definição, de acordo com as investigações da Polícia Federal, é termo para comprar apoio político; financiar campanhas eleitorais e efetuar pagamentos de outros empréstimos tomados no mercado financeiro paralelo. “A Amazônia Petróleo serviu para o fluxo de valores no interesse de terceiros, como se instituição bancária fosse”, concluiu a Polícia Federal.
Em depoimento, Junior Mendonça afirmou a Polícia Federal que se assustava com facilidade que conseguia a liberação do dinheiro. Em determinada ocasião, desconfiou quando realizou empréstimo de R$ 3 milhões sem exigências da instituição financeira. Em outra situação, informou que sequer se lembrava de ter assinado uma operação de crédito de R$ 9,6 milhões.
Parte dos valores levantados através das operações fraudulentas eram destinadas para divisão entre deputados estaduais e federais. Anotações e documentos apreendidos pela Polícia Federal em fevereiro na casa de Éder Moraes mostram uma suposta lista de anotações com valores que teriam sido repassados aos parlamentares que terão os nomes revelados em breve.
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Quarta-Feira, 21 de Maio de 2014, 09h08maria de lourdes
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