A audiência de instrução em que o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Geraldo Riva (PSD), seria ouvido na tarde de hoje pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane dos Santos Arruda, acabou sendo adiada. O motivo é que várias testemunhas arroladas no processo não foram intimadas para prestar esclarecimentos, o que automaticamente impede o depoimento do ex-parlamentar.

Esta é a segunda vez que a audiência é a suspensa pelos mesmos motivos, sendo que a primeira foi em 11 de junho. Riva é acusado de emitir 123 cheques do Legislativo em 1996 para 30 empresas supostamente "fantasmas" totalizando cerca de R$ 1,3 milhão.

Ao deixar o Fórum de Cuiabá, o ex-parlamentar explicou que só poderá ser ouvido no processo após a colheita de depoimentos de todas testemunhas, dentre elas o ex-deputado federal Eliene Lima (PSD) e o ex-presidente do Cepromat (Centro de Processamento de Dados de Mato Grosso), Wilson Celos Teixeira "Dentinho" (PSD). "Estou absolutamente tranquilo neste processo e a denúncia é infundada", comentou, ao garantir que não houve qualquer tipo de desvio de recurso.

Riva evitou comentar sobre os pedidos de suspeição feitos contra a magistrada, que atua contra ele em várias ações criminais e já determinou sua prisão por duas vezes neste ano. "Esses são pedidos que meus advogados fizeram e serão analisados pelo Tribunal de Justiça. Vamos aguardar. Prefiro não falar mais sobre isso e é importante que na Justiça existem os graus de jurisdição", salientou.

O ex-parlamentar falou sobre a retirada da tornozeleira eletrônica após decisão do desembargador Rui Ramos Ribeiro. "É importante porque você tem mais liberdade ir ao seu local de trabalho, mas não basicamente em nada para mim porque sou muito caseiro", frisou.

Riva revelou que está retomando a rotina de vida após as duas prisões. Ele disse estar a disposição da Justiça para prestar todos esclarecimentos com "fé em Deus.