A sargento da Polícia Militar Andréia Pereira de Moura Cardoso afirmou, em depoimento prestado à 11ª Vara Militar de Mato Grosso, nesta sexta-feira (9), ter participado do esquema que grampeou milhares de pessoas no estado, entre jornalistas, políticos e empresários, e que transcrevia as conversas.
No entanto, ela negou ter conhecimento de que se tratava de um ato ilegal, já que as interceptações eram autorizadas pela Justiça. "Tinha autorização da Justiça. Nunca desconfiei. Achei que estivesse fazendo uma tarefa legal da minha profissão", afirmou a sargento, que foi exonerada no ano passado, depois que o escândalo veio à tona em uma reportagem do Fantástico. Ela prestou depoimento como testemunha, no Inquérito Policial Militar (IPM).
O cabo Gerson Correa Junior, que está preso desde maio do ano passado, era quem levava os nomes e telefones a serem ouvidos e, segundo ela, ele citava uma decisão que autorizava as escutas, mas alegou que nunca teve acesso às decisões mencionadas por ele.
Ela alegou que os alvos eram apenas militares e que não haviam políticos e jornalistas. Segundo a sargento, Gerson e o cabo Euclides Luiz Torezan, ambos da PM, tinham acesso ao escritório onde funcionava a central de escutas clandestinas. Também disse que o computador que ela usava foi formatado a pedido do cabo Gerson, que coordenava o sistema de escutas.
O cabo Gerson Correa Junior, que está preso desde maio do ano passado, era quem levava os nomes e telefones a serem ouvidos e, segundo ela, ele citava uma decisão que autorizava as escutas, mas alegou que nunca teve acesso às decisões mencionadas por ele.
Ela alegou que os alvos eram apenas militares e que não haviam políticos e jornalistas. Segundo a sargento, Gerson e o cabo Euclides Luiz Torezan, ambos da PM, tinham acesso ao escritório onde funcionava a central de escutas clandestinas. Também disse que o computador que ela usava foi formatado a pedido do cabo Gerson, que coordenava o sistema de escutas.
O esquema foi denunciado à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, que foi secretário de Segurança em 2015. Ele diz que recebeu denúncia do caso naquele ano e que alertou o governador Pedro Taques (PSDB).
A PGR investiga se Taques sabia do crime e de quem partiu a ordem para as interceptações. O governador, por sua vez, nega que tinha conhecimento sobre o caso.
Os telefones foram incluídos indevidamente em uma investigação sobre tráfico de drogas que teria o envolvimento de policiais militares. O esquema é conhecido como barriga de aluguel.