O secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Pedro Nadaf, falou nesta quinta-feira (6), pela primeira vez, sobre o bloqueio de seus bens no caso da JBS e se mostrou indignado com a Justiça, por ter segundo ele, ter sido tachado de “ladrão” e “corrupto” sem ter tido qualquer direito de resposta.
A decisão é do juiz Luís Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, que atacou um pedido do Ministério Público Estadual (MPE) que acusa Nadaf, o governador Silval Barbosa (PMDB) e outros secretários de improbidade administrativa na concessão de benefício fiscal ilegal de mais de R$ 73,5 milhões à empresa JBS Friboi.
Em entrevista a Rádio Mix, Nadaf lamentou o fato e criticou o juiz, que segundo, ele nunca deu uma contribuição direta a sociedade de Mato Grosso, enquanto ele tem 34 anos de carteira assinada. Ele criticou ainda o fato de não ter sido notificado e ter tido conhecimento da ação por meio da imprensa e do boqueio de seus bens pela gerente de sua conta bancária.
“Fomos julgados diretamente pela sociedade de uma forma em que fomos tachados de ladrões e corruptos. Lamento, porque tenho 34 anos de carteira assinada e uma pessoa simplesmente atrás de uma mesa, que não sabe a realidade de muitos municípios, que nunca fez alguma coisa para a sociedade diretamente te achaca com poder da caneta, me senti lesado nos direitos que tenho como cidadão”, afirmou.
Nadaf - que teve R$ 400 mil bloqueados e mais outros bens – explicou que parte dos recursos é de previdência privada que paga para seus filhos desde que são menores. Quanto aos bens, ele destacou que possui patrimônio de cem anos que recebeu de herança e que foi bloqueado.
“Se amanhã ou depois desbloqueia vou responsabilizar o juiz pela integridade física dos meus filhos, já que foi exposto que eu tinha R$ 400 mil na conta. Se acontece um sequestro e pedem que paguemos o valor para devolver meu filho. Isso é uma irresponsabilidade, uma imoralidade com o cidadão e não se pode mexer assim com a vida das pessoas”, destacou.
Incentivos comprometidos
O secretário explicou que se a tese do MPE prosperar irá comprometer todos os incentivos dados no Estado de Mato Grosso, que segundo ele, são idênticos e somente se diferenciam na sua forma.
Nadaf esclareceu ainda que a JBS tem incentivos desde o ano de 2006, antes mesmo de assumir a secretaria de Indústria e Comércio e que em 2011 houve uma crise no setor de frigoríficos em vários municípios do Estado que resultou na queda do emprego e da geração de renda. Ele destacou que outras empresas como Sadia situada em Lucas do Rio Verde e Várzea Grande recebem incentivos e pagam zero de ICMS, enquanto a JBS paga 1,5%.
O secretário ingressou com um novo recurso e aguarda decisão.
Deixa que eu chuto
Sexta-Feira, 07 de Novembro de 2014, 09h23Julio THKR
Sexta-Feira, 07 de Novembro de 2014, 08h46oliveira
Sexta-Feira, 07 de Novembro de 2014, 08h23Paulo Pitaluga
Quinta-Feira, 06 de Novembro de 2014, 23h39jonas pinheiro
Quinta-Feira, 06 de Novembro de 2014, 21h54Cidad?o
Quinta-Feira, 06 de Novembro de 2014, 19h54Airton
Quinta-Feira, 06 de Novembro de 2014, 18h45BRIMO
Quinta-Feira, 06 de Novembro de 2014, 18h39antonio homero
Quinta-Feira, 06 de Novembro de 2014, 18h36Julio THKR
Quinta-Feira, 06 de Novembro de 2014, 16h34