O ex-governador Silval Barbosa está próximo de ter conhecimento da segunda sentença que é desdobramento das ações penais relacionadas a suspeita de corrupção durante seu mandato à frente do Palácio Paiaguás que vigorou de abril de 2010 a 1º de janeiro de 2015. Isso porque a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, determinou que a defesa dos réus no processo criminal da Operação Seven deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apresente suas defesas em alegações finais, que na prática significa que após a manifestação de cada um dos acusados será dada a sentença que pode culminar em absolvição ou condenação.
Com o final do recesso forense, o prazo de 10 dias começou a transcorrer no dia 20 de janeiro. Neste processo criminal, ainda são réus os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf (Casa Civil) e Arnaldo Alves (Planejamento), o procurador aposentado do Estado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, conhecido como Chico Lima, o ex-presidente do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso, Afonso Dalberto e outros.
A operação Seven apontou o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-secretário Pedro Nadaf e o ex-procurador Chico Lima como líderes de uma organização que no final de 2014 desviou R$ 7 milhões dos cofres públicos por meio da aquisição fraudulenta e superfaturada, por parte do estado, de uma área de 721 hectares de propriedade de Filinto Correa da Costa. De acordo com a denúncia, o dinheiro desviado foi usado pelos investigados, por exemplo, para pagamento de dívidas, aquisição de veículos de luxo, empréstimos para terceiros, depósitos nas contas de familiares, aplicações financeiras, operações de factoring e compra de terreno.