O empresário e filho do ex-governador Silval Barbosa, Rodrigo da Cunha Barbosa, disse ao Ministério Público Federal (MPF) que repassou R$ 100 mil aos advogados do ex-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf. A declaração foi dada a procuradora da república Vanessa Scarmagnani no dia 28 de julho de 2017.
As informações são do Mídia News. Rodrigo relatou que o pai sofria “enorme pressão” do ex-chefe da Casa Civil, que exigia do ex-governador o dinheiro para pagar seus advogados. Ambos, Silval e Nadaf, chegaram a ser presos em 2015 durante a deflagração da operação “Sodoma”.
O dinheiro deveria ser entregue ao advogado Antônio Horácio. “Meu pai pediu que eu procurasse o advogado Antônio Horácio e levasse até ele a quantia de R$ 100 mil. Eu decidi realizar o pagamento em espécie para não deixar rastro de que meu pai estivesse ajudando a pagar a defesa de Nadaf”, disse Rodrigo Barbosa.
O filho do ex-governador disse que Horácio o orientou a entregar o dinheiro num outro escritório sem lhe questionar do que se tratava, o que indica que o advogado já sabia do que se tratava. “Ele aparentava ter conhecimento do pedido de Nadaf, pois sem me questionar do que se tratava, disse que a ajuda financeira deveria ser deixada em outro escritório de advocacia, indicando o endereço”, narrou Rodrigo Barbosa.
Os R$ 100 mil, porém, foram entregues por um amigo de Rodrigo Barbosa, chamando Sérgio Guedes, que levou o dinheiro até o endereço indicado pelo juiz aposentado. “Eu consultei o endereço indicado e identifiquei que seria o escritório do o advogado Willian Khalil. Assim que o Sérgio Guedes retornou, ele me confirmou que entregou a caixa no escritório a uma pessoa que o estava aguardando na recepção”, disse.
NOTA FISCAL
De acordo com a reportagem, quatro advogados - Antonio Horácio, William Khalil, Omar Khalil e Alexandre Abreu -, confirmaram que receberam o dinheiro. “Eu lhe informei que não representava Pedro Nadaf e nem tinha valores a receber deste. Falei também que tal pagamento deveria ser realizado no escritório Khalil & Curvo, pois era o correspondente local do advogado Alexandre Abreu na referida causa”, disse Antônio Horácio.
Os outros três advogados disseram por meio de nota que os fatos já foram esclarecidos ao MPF e a Delegacia Especializada em Crimes Tributários e contra a Administração Pública (Defaz-MT). “Recebemos em nosso escritório a referida quantia para pagamento de honorários advocatícios devidos pelo constituinte Pedro Jamil Nadaf, sendo que esse valor foi depositado na conta corrente do escritório parceiro Abreu Advogados Associados. Tudo nos termos do contrato de prestação de serviços celebrado com Pedro Nadaf, e com emissão da respectiva nota fiscal. Em arremate, informamos que tais fatos já foram devidamente esclarecidos pelo senhor Pedro Jamil Nadaf, perante o MPF”, disse.
Advogado
Sábado, 17 de Fevereiro de 2018, 13h02+Marcelo F
Sábado, 17 de Fevereiro de 2018, 11h34Raul Moura
Sábado, 17 de Fevereiro de 2018, 11h30Silvano Fauser
Sábado, 17 de Fevereiro de 2018, 11h13Silvano Fauser
Sábado, 17 de Fevereiro de 2018, 11h13Marcia
Sábado, 17 de Fevereiro de 2018, 07h52Analista Pol?tico
Sábado, 17 de Fevereiro de 2018, 05h53Maria Jane
Sexta-Feira, 16 de Fevereiro de 2018, 23h03