O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de mais uma série de pessoas que haviam sido detidas nos atos golpistas praticados por apoiadores do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, no último dia 8 de janeiro, em Brasília. Entre os que tiveram o alvará de soltura expedido pelo magistrado estão seis mato-grossenses, que deverão utilizar tornozeleira eletrônica.

Os mato-grossenses soltos nesta quinta-feira (2) foram Alan Victor Chaves Pedroso, Francismar Vieira Bezerra da Cruz, Hugo Kenji Prado, Jucelia Barbosa Araújo, Adilson Damazio de Oliveira e Marco Aurelio Gonçalves Pedroso. Eles terão que cumprir medidas cautelares como monitoramento através de tornozeleira, recolhimento noturno e nos finais de semana, além de proibição de acesso às redes sociais.

Na última terça-feira (28), Alexandre de Moraes já havia determinado a soltura de outros 15 mato-grossenses que haviam sido detidos pelos ataques terroristas em Brasília. Entre os liberados na ocasião estava a ex-presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen), Jacira Maria da Costa.

O grupo foi preso em flagrante após os ataques golpistas cometidos contra a sede do Congresso Nacional, que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, além do Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, e ao prédio do Supremo Tribunal Federal. Eles faziam parte de um movimento que não aceitava o resultado das urnas nas últimas eleições, que deram a vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Todos eles respondem pelos crimes de "atos terroristas, inclusive preparatórios", associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, previstos no Código Penal. À época dos fatos, Moraes classificou ainda que a permanência da prisão preventiva para os bolsonaristas era medida “razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública com a cessação da prática criminosa reiterada, havendo fortes indícios de que os investigados integram associação criminosa”.