Aprovada nesta segunda-feira (9) a extinção do mandato do vereador Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa, o Dr. Thiago (PL), acusado de crimes sexuais contra menores, o primeiro suplente do partido, Milton Blass, conhecido como Miltinho (PL) deve assumir a vaga em sessão na Câmara Municipal de Canarana na próxima segunda-feira (16).
Em conversa com o GD, Milton informou que esteve ainda hoje na Casa de Leis para dar entrada nos papéis e resolver as “burocracias”. Blass já concorreu ao cargo de vereador anteriormente sob o nome de urna Miltinho da Apae, pelo Podemos, em 2020, não sendo eleito. Já em 2024 concorreu pelo Partido Liberal (PL) como Miltinho (PL) e obteve 223 votos, ficando como suplente.
Apesar de assumir o mandato em situação “delicada”, tendo em vista a situação envolvendo seu antecessor, Milton afirma que deve encarar com responsabilidade a vaga no Legislativo. “Não era assim o nosso pensamento, pegar uma vaga nessas condições, mas como diz o delegado, os investigadores falam, se ele fez alguma coisa que não poderia ter feito… a gente está aí pronto. Fui bem votado pelo povo, o povo deu o respaldo, confia na gente e estou aqui agora para fazer o nosso trabalho, que o povo confiou na gente, a gente tem que retribuir ao que o povo pediu pra gente”, declarou.
Natural de São Francisco de Assis (RS), é morador há mais de 30 anos em Canarana, desde que se mudou com a família por volta dos anos 80. De pais agricultores, somente sua mãe está viva, hoje com 85 anos. Além de Milton, são 12 irmãos, dos quais 9 estão vivos.
Casado e com duas enteadas, Milton é servidor público e trabalha como motorista de ônibus escolar há 17 anos, dos quais 10 atua na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Devido a esta atuação profissional e também pela esposa ser servidora da saúde no município, ele assegura que a educação, saúde e ainda o esporte, devem ser suas principais áreas de atuação, além da segurança, que vê como um ponto-chave.
Em relação ao vereador afastado, Milton declarou que não está a par das investigações, pois como trabalha muito “falta tempo” para acompanhar as informações, mas avalia que o caso deve ficar nas mãos das autoridades.
“Se ele fez alguma coisa, como tudo indica que fez, vamos deixar as autoridades competentes mexer com a sentença dele, prosseguir essa investigação certinho. A gente é de família, o que a gente preserva muito é a família da gente, em primeiro lugar. Eu não queria que acontecesse nada com as famílias. Então, cada um que faz seus erros, tem que pagar. Ele é de maior, ele tem que ser responsável do das suas atitudes”, finalizou.