Apesar de negar que esteja ensaiando seu retorno à política e uma possível candidatura a cargos majoritários em 2026, o ex-governador de Mato Grosso, Pedro Taques se reuniu com lideranças do Partido Social Brasileiro (PSB), em Brasília, para articular com o presidente nacional dos socialistas, Carlos Siqueira, e com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A informação foi confirmada pelo deputado estadual Júlio Campos (UB). 

O encontro ocorreu em fevereiro deste ano. “Hoje à tarde, recebi a visita do ex-governador do Mato Grosso, Pedro Taques. Conversamos sobre a atual conjuntura do estado, desafios e perspectivas para o futuro. Seguimos atentos aos caminhos que fortalecem a democracia e o desenvolvimento regional”, publicou Siqueira em seu Instagram no dia 4 de fevereiro.  

“O ex-governador Pedro Taques nos comunicou que esteve em Brasília conversando com Geraldo Alckmin, Carlos Siqueira, presidente do PSB, para ele e o seu grupo assumirem o controle do partido em Mato Grosso caso o Max deixe o partido. Vai acontecer tantas mudanças que eu digo que qualquer projeção agora é precipitado e tudo que fizer agora, ano que vem pode ser completamente desfeito”, avaliou Campos.

Além de governador, Pedro Taques já foi senador e procurador da República. Com a possível saída do presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Max Russi do PSB para migrar ao Podemos, surge uma vaga de liderança a ser ocupada entre os socialistas, haja vista que ele comanda o partido no Estado. 

“Quem está hoje no União Brasil pode sair em março, quem está no Republicanos pode migrar para outro partido, já tá surgindo aqui mesmo na AL um movimento liderado pelo presidente Max Russi a possibilidade do crescimento do Podemos em Mato Grosso com novos líderes, como também o esvaziamento do PSB”, disse o cacique. 

Com bom humor, o parlamentar ainda brincou que o momento é apenas de conversação, e que decisões serão tomadas apenas em março do ano que vem, quando a janela partidária estará de fato aberta. “Tudo que é conversado em 2025 pode não valer nada em 2026. Tudo agora é bate-papo, beber água, tomação de vinho, almoço juntos, ano que vem, a partir de março que vai valer o processo eleitoral. Porque a janela partidária estará aberta”.