Em relatório divulgado na tarde de hoje, o Tribunal de Contas do Estado apontou que a grande maioria das obras da Copa do Mundo não estarão prontas até o evento, que inicia no dia 12 de junho. Nos últimos meses, o órgão acordou com as empreiteiras responsáveis pelas obras, e a Secopa, a conclusão das mais importantes, que garantiriam o tráfego e a qualidade no atendimento aos turistas que visitarem a capital do Estado.
O estudo divulgado aponta a situação em que as obras se encontravam até o dia 12 de maio. De acordo com o órgão, em comparação a última análise das obras, em 24 de abril, houve pouca evolução em grande parte delas.
Das obras analisadas, a que está em melhor condição é a Arena Pantanal. Com 99% de conclusão, o estádio será entregue a Fifa no dia 21 de maio, para a preparação final para os jogos. A parte de instalação de cadeiras sofreu avanço e deve estar pronta a tempo.
Não é a situação em que se encontram outras obras essenciais, como os COTs (Centro Oficiais de Treinamentos) e o aeroporto Marechal Rondon. De acordo com o relatórios, até o dia 31 de maio, os COT's do Pari e da UFMT podem estar em funcionamento em condições “precárias”. Nos últimos dias, houve avanço na implantação do gramado, um parte do prédio central e ainda nos vestiários, com instalação de pisos. “Será que a parte a ser construída até a Copa do Mundo permitirá o uso do COT do Pari como local de treinamento para as seleções que jogarão em Cuiabá”, questiona o relatório do TCE. O mesmo questionamento foi feito para o COT da UFMT.
Já quanto ao aeroporto, apesar da evolução constatada, não haverá tempo hábil para estar com 100% da operação até a Copa do Mundo. Segundo relatório, a parte externa estará pronta até o evento.
Já a parte interna irá operar de forma parcial. A parte inferior, correspondente ao desembarque, tem condições de estar concluída. Já a parte superior deverá estar operando apenas nos eixos 1 ao 8. O setor que corresponde ao embarque internacional e acomodação de passageiros nos vôos internacionais.
A parte comercial do aeroporto, com a transferência de lojas e lanchonetes da parte antiga para a nova também não será possível até a Copa. “Será construído um acesso (no piso superior) que interligará o novo terminal ao terminal antigo, de forma que possibilite aos usuários um rápido acesso à praça de alimentação e outros serviços”, completa o relatório.
TRÂNSITO
As obras de mobilidade urbana também correm contra o tempo para ficar pronta, Porém, o TCE já alertou que a grande maioria delas poderá estar liberada de forma parcial até o evento.
São os casos da duplicação da rodovia Mário Andreazza e estrada da Guarita. O TCE colocou que será necessário a implantação de um novo ritmo nas obras para que estejam 100% concluídas até o Mundial. No caso da Guarita, é necessário até uma “operação de guerra”.
Já as trincheiras que estão sendo construídas na avenida Miguel Sutil, apenas as do bairro Santa Izabel/Verdão, pode estar pronta até 31 de maio. Porém, os técnicos do TCE demonstraram preocupação com a qualidade da obra, já que ela possui característica feia e apresenta infiltrações. A empreiteira responsável prometeu corrigir os problemas até a conclusão final.
A trincheira Trabalhadores/Jurumirim já era de conhecimento que não estaria concluída até a Copa. Então, a construtora concentrou os serviços nas pistas marginais e nas rotatórias que ligam a avenida aos bairros. Estes serviços serão concluídos até o evento.
A obra do Santa Rosa é a mais complexa. A pista marginal ao lado do Hotel Odara e a parte inferior da trincheira podem ser liberadas até o Mundial. Já a marginal do supermercado Big Lar não deve ser liberada até a Copa. De acordo com o relatório, é necessário a CAB Cuiabá fazer a proteção da adutora existente no local antes da pavimentação da pista. “A trafegabilidade durante o evento ficará um pouco comprometida, mas é uma atitude prudente, ao não colocar em risco a vida das pessoas e o abastecimento de água em Cuiabá”, descreve o relatório.
Outras obras de intervenção que devem ter liberação parcial até a Copa do Mundo são o Complexo Viário do Tijucal e o viaduto Dom Orlando Chaves. Na obra do Tijucal, além da parte superior do viaduto, que já foi liberada, será possível concluir apenas a rotatória e a pista marginal. Já a trincheira será concluída após a Copa.
No viaduto da Dom Orlando Chaves, existe a possibilidade de ser concluído caso seja acelerado o ritmo. A preocupação é quanto a rotatória do Cristo Rei e as alças do viaduto.
O entorno da Arena Pantanal e a parte viária da avenida 8 de Abril deverão estar liberadas. Todavia, existe a preocupação quanto a qualidade dos serviços. Em relação ao coletor tronco e serviços relativos ao canal do córrego serão concluídos após o Mundial.
A obra de maior atraso é a duplicação da avenida Archimedes Pereira Lima (estrada do Moinho). A obra está com menos da metade da conclusão e pouco avançou em relação ao último relatório. O TCE ainda destacou a pouca quantidade de operários e a falta de materiais.
Vigilante
Sábado, 17 de Maio de 2014, 06h08