Política Quarta-Feira, 01 de Julho de 2015, 11h:07 | Atualizado:

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OPERAÇÃO VENTRÍLOQUO

Testemunha, suplente de Maggi explica no Gaeco negócio com factoring

Empresa de Cidinho descontou duas NPs com empresa alvo

CLÁUDIO MORAES
Da Editoria

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Ao deixar há pouco a sede do Gaeco (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado), o empresário José Aparecido dos Santos, o "Cidinho", que é suplente do senador Blairo Maggi (PR), explicou que depos na condição de testemunha na "Operação Ventríloquo". Deflagrada na manhã de hoje, policiais civis e militares cumprem mandados de prisão, busca e apreensão e também 15 conduções coercitivas.

Um dos alvos foi a sede da Assembleia Legislativa. No local, foram levados agendas, anotações, computados e outras mídias nos setores de controle interno e financeiro.

A ação resultou numa nova prisão do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva (PSD), que havia deixado há uma semana o centro de custódia de Cuiabá. Também está detido o ex-secretário geral da Assembleia Legislativa, Márcio Luiz Pommot.

"Cidinho" explicou que foi esclarecer ao promotor Samuel Fungillo duas operações financeiras feitas pela sua empresa em 2014 com uma empresa de factoring. A União Avícola Agroindustrial Ltda descontou duas duplicatas nos valores de R$ 90 mil e R$ 97 mil com a empresa suspeita de esquemas no Legislativo.

"O Cidinho veio na condição de testemunha. Não teve qualquer medida de força e o esclarecimento foi feito até porque existe uma divisão jurídica entre testemunha e investigado", disse o advogado Ulisses Rabaneda, ao acrescentar que "não sabemos quem são realmente os investigados".

O suplente de senador garantiu que transação foi devidamente contabilizada. "As transações são legais e estão comprovadas para dirrimir qualquer dúvida", frisou.

A esposa de "Cidinho", Marli Becker dos Santos, também está na sede do Gaeco para depoimento. Ela é sócia no frigorífico de frangos na região Médio-Norte do Estado.

NOTA

O advogado do suplente de senador encaminhou nota sobre o depoimento prestado por ele ao Gaeco. Ele destacou que Cidinho não figura como investigado e que seu depoimento se deu por conta de atividades privadas.

Veja a íntegra da nota:

Tendo em vista noticias veiculadas a respeito de operação realizada pelo GAECO nesta data, a defesa de José Aparecido dos Santos (Cidinho) esclarece que o mesmo foi convidado para ser inquirido pelo Ministério Público na qualidade de testemunha, ocasião em que esclareceu duas transações financeiras que uma de suas empresas realizou com uma securitizadora de crédito no ano de 2014, devidamente documentadas e contabilizadas. 

José Aparecido dos Santos (Cidinho) não é considerado alvo das investigações, bem como não teve contra si decretada qualquer das medidas tomadas em relação àqueles efetivamente apontados como suspeitos, o que demonstra, claramente, não estar implicado nos fatos. 

Esclarece a defesa de José Aparecido dos Santos (Cidinho) que as indagações feitas não possuem qualquer relação com sua vida pública, mas apenas com sua atividade privada, tendo o mesmo afirmado que apoia toda e qualquer apuração, se colocando à disposição para outros esclarecimentos. 

Por fim, esclarece a defesa de José Aparecido dos Santos (Cidinho) que seu grupo empresarial emprega mais de 2 mil funcionários, com unidades em Mato Grosso e Goiás, com controle rígido de suas atividades. 

Ulisses Rabaneda

Advogado

 

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