Política Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 14h:51 | Atualizado:

Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 14h:51 | Atualizado:

ESCÂNDALO DA MAÇONARIA

TJ reafirma inocência total de 2 juízes aposentados em MT

 

Valquiria Castil
Gazeta Digital

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A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) reformou sentença favorável a 2 juízes aposentados compulsoriamente sob acusação de desviar dinheiro do Judiciário mato-grossense visando socorrer uma loja maçônica.

Antonio Horácio da Silva Neto e Marcos Aurélio dos Reis Ferreira já tinham sido absolvidos pela juíza Selma Arruda em processo criminal sobre o caso, mas recorreram para reformar sentença e fazer constar a total inocência no processo.

O processo

Os juízes foram punidos com aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2012, junto com mais 13 magistrados.

Na denúncia, o Ministério Público relatou que os crimes ocorreram em 2004, época em que o desembargador José Ferreira Leite presidia o Tribunal de Justiça e, ao mesmo tempo, era grão-mestre (chefe) da loja maçônica Grande Oriente de Mato Grosso (GOE-MT).

Os juízes auxiliares de Leite no tribunal (Marco Aurélios e Antônio Horácio) eram igualmente dirigentes da loja maçônica que decidiu criar uma cooperativa de crédito Sicoob. Todavia, a cooperativa faliu e deixou um desfalque de aproximadamente R$ 1 milhão. Em razão do prejuízo, segundo o MPF, José Ferreira Leite liderou um grupo para socorrer os prejuízos.

De acordo com a denúncia, o 1º passo do esquema foi o empréstimo firmado pelos quatro magistrados junto a cooperativa de crédito do Poder Judiciário, em um total de R$ 310 mil. O grupo teria decidido ainda liberar supostas verbas devidas pelo Tribunal de Justiça, cujos valores foram posteriormente transferidos para a Maçonaria.

O julgamento de Selma

Na decisão inicial, a juíza Selma Arruda confirmou que os fatos realmente ocorreram e que ficou demonstrado que o Tribunal de Justiça efetuou pagamentos de forma seletiva, em favor de meia dúzia de privilegiados.

Contudo, a magistrada observou que os fatos, por si só, não configuram desvio de dinheiro público. A suposta ilegalidade das verbas também foi descartada pela juíza, uma vez que perícia da Polícia Federal confirmou que todos os magistrados que receberam tais valores tinham direito às quantias.

Arruda também citou que as investigações do Ministério Público Estadual, na esfera cível, concluíram que não houve desvio de dinheiro nem prática de improbidade administrativa.

A reforma da sentença

Mesmo com a sentença favorável, ambos os juízes decidiram recorrer para constar “não ter existido o fato” descrito pela acusação.

Segundo Antonio Horácio da Silva Neto e Marcos Aurélio dos Reis Ferreira, a sentença como estava, mesmo favorável, poderia gerar danos incomensuráveis.

Assim, em sessão da Segunda Câmera Criminal os desembargadores Alberto Ferreira de Souza, Pedro Sakamoto e Rondon Bassil Dower Filho decretaram estar devidamente provado nos autos que ambos não concorreram como autores para a prática do fato descrito na denúncia do Ministério Público. 

 





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Comentários (9)

  • uma Servidora de outro Tribunal

    Sábado, 19 de Maio de 2018, 23h45
  • Vão voltar quando? António Horácio ja tem que voltar e ser imediatamente promovido a Desembargador e receber todos os retroativos, inclusive devidamente indenizado por todos os danos morais que sofreu. Uma vez te disse quem torcia para que o sr vontasse e trabalhariamos juntos, se Deus quisesse. O sr voltou mas logo foi afastado novamente. Pois ainda te digo ainda trabalharemos com o sr, que será nosso Presidente, e será o melhor de todos, tenho certeza. O sr merece isso. Tenho certeza que tudo pelo que passou o fara uma pessoa melhor. Tudo de bom em sua vida. Deus conduza seus passos para que eles trilhem o caminho da retidão, justiça. Assim terá paz, a paz que o sr merece.
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  • Odair Busiquia

    Sexta-Feira, 18 de Maio de 2018, 08h25
  • Regina, vc está equivocado, estou na ordem por 30 anos, minha Loja, uma das mais de 70 que tem em Cuiabá. Trabalhamos duro na filantropia, a exemplos: construíu cresce Ribeirão do Lipa, 2004, custo de R$ 400,00, 100 crianças assistidas. Ajudamos a Santa Casa, asilos e tantas outras instituições carentes. Ajudamos na formação do homem, agimos na defesa da família e da pátria, procure no Google. Participamos e fomos decisivos nos mais atos bravos desta República. Trabalhamos duro para libertação dos escravos e outras tantas ações. Domingo passado promovemos almoço das mães, lucro de 10.000,00 revertido para instituições carentes. Esta é a Maçonaria. Quer saber mais, só pesquisar. Sobre a verdade da cooperativa financeira. Poconé quebrou e levou-nos junto. Reunimos os irmãos com doações, eu com R$ 50.000,00 e salvamo-la. Hoje uma das mais fortes no Centro Oeste. Foi criada para atender pessoas excluídas pelos bancos em geral. Convido vc para conhecer nossa instituição financeira.
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  • Jos? Airton Fidelis

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 18h42
  • Julgar antecipadamente é sempre um perigo. Duas carreiras promissoras foram ceifadas. Justiça ainda que tardia.
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  • Nefe Nogueira

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 18h03
  • Grande novidade...! Uma cortina de fumaça para a platéia.
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  • pinto

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 17h17
  • Chupa essa Perri!!!!!!
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  • Uma servidora de outro Tribunal

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 17h15
  • Estou muito feliz com isso, Dr Antônio Horário. Sempre torci pelo sr.
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  • Regina

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 17h13
  • Essa irmandade é um câncer para a nossa sociedade!
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  • Observador

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 17h10
  • Criminalmente se forem condenados eles perdem a aposentadoria, é isso. Abs a todos!
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  • pacufrito

    Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 14h58
  • O corporativismo é um câncer e nossa sociedade, onde é que colega vai condenar colega? olhem para as Als legislativas, olhem para o congresso, e um defendendo o outro, que achava que o judiciário iria punir juiz? . este nosso judiciário é uma vergonha,
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