Política Quarta-Feira, 11 de Junho de 2025, 08h:30 | Atualizado:

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OPERAÇÃO RÊMORA

TJ vai julgar ação de maior esquema de corrupção da "Era Taques" em MT

Desvios na Seduc macularam gestão de ex-governador

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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A juíza Alethea Assunção Santos, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, enviou para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) uma ação penal que investiga o ex-secretário de Estado de Educação (Seduc), Permínio Pinto Filho referente à Operação Rêmora. A decisão se deu por conta do novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a prerrogativa de foro, que deve ser mantido caso crimes tenham sido cometidos no exercício da função, mesmo após a saída do cargo.

No início de 2016, na gestão do ex-governador Pedro Taques, uma denúncia anônima recebida pelo Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção (GTCC), revelou que uma organização criminosa estaria cobrando propina em licitações da Seduc. O empresário Giovani Guizardi seria o principal operador do esquema.

A denúncia resultou na Operação Rêmora, deflagrada em maio de 2016 pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), e que investigou o esquema que teria, supostamente, movimentado R$ 56 milhões. A ação penal relativa ao caso tem como réus Fabio Frigeri, Wander Luiz dos Reis, Moises Dias da Silva, Giovani Belatto Guizardi, Luiz Fernando da Costa Rondon, Perminio Pinto Filho e Juliano Jorge Haddad

As investigações revelaram que o esquema, na verdade, era liderado pelo empresário Alan Malouf e o então secretário de Educação, Perminio Pinto Filho. Informações sigilosas referentes a licitações beneficiavam um grupo específico de empresários em obras da pasta, que por sua vez, repassavam propina aos integrantes da organização criminosa.

De acordo com os autos, a investigação foi dividida em grupos de liderança e operacionais. O “núcleo de agentes públicos”, composto por Fábio Frigeri, Wander Luiz dos Reis e outros servidores públicos, tinha a função de repassar informações privilegiadas sobre licitações que ainda nem haviam sido abertas.

O também empresário Allan Malouf foi “protagonista” da terceira fase da operação, denominada “Grão Vizir”. Deflagrada em dezembro de 2016, ela também envolveu o ex-governador Pedro Taques. Novamente denunciado na ação, Giovani Guizardi afirmou que Malouf repassou R$ 10 milhões à campanha de Taques nas eleições de 2014. O processo tramita desde 2016 e estava na fase de alegações finais.

Na decisão, a magistrada apontou que o STF Federal firmou o entendimento de que a prerrogativa de foro se mantém mesmo após o afastamento do cargo, desde que os fatos investigados tenham sido praticados no exercício do mandato e em razão das funções desempenhadas, ainda que a investigação ou a ação penal tenham sido instauradas posteriormente.

Como a ação penal investiga o suposto cometimento de crimes por Permínio Pinto Filho no período em que ele era secretário de Estado de Educação, compete ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) julgar o processo. Por conta disso, a magistrada determinou o encaminhamento dos autos para a Corte, para que julgue os réus.

“Assim, persistindo a conexão entre a conduta delitiva e o exercício da função pública, impõe-se o reconhecimento da competência do Tribunal de Justiça. Diante do exposto e em consonância com o parecer ministerial, declino da competência em favor do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, determinando-se a imediata remessa dos autos àquela Corte para apreciação”, diz a decisão.





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Comentários (5)

  • paulo

    Quarta-Feira, 11 de Junho de 2025, 10h14
  • 13/07, SABE PORQUE QUE NESSE ESCANDALO E MONSTRUOSO ROUBO DOS APOSENTADOS DO INSS NINGUEM ATÉ O MOMENTO FOI PRESO É PORQUE NÃO TEM NENHUM DA DIREITA, PORTANTO ONDE HÁ CORRUPÇÃO HA MEMBROS DA ESQUERDA COM CERTEZA NÉ!
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  • CÉTICO

    Quarta-Feira, 11 de Junho de 2025, 09h40
  • PIZZA a MODA do TJMT . . . .
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  • 13/07

    Quarta-Feira, 11 de Junho de 2025, 08h59
  • É mais uma bravata dessa justiça morosa e corrupta que vendem sentenças e hábeas corpus descaramento, para com esses políticos e empresários ladrões dessa elite e dessa maldita direita bolsonariana, psicopata, golpista e FDP. Eles já estão milionários, já pulverizou o dinheiro roubado entre os seus laranjas, eles não vão ser presos, não devolverá o dinheiro roubado, não vai ser presos e não vai confiscar os seus bens. No máximo vai pegar uma prisão domiciliar e usar uma tornozeleira eletrônica que está na última moda. E tem muitos otários que ainda votam e acreditam nesses políticos ladrões. Eles só querem o poder pelo poder, para roubar e assaltar os cofres públicos.
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  • Consignado

    Quarta-Feira, 11 de Junho de 2025, 08h49
  • Operação Rêmora versus Consignado (Entendedores entenderão)
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  • Pedro Paulo

    Quarta-Feira, 11 de Junho de 2025, 08h40
  • E o outro Malouf do TCE ?
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